Só nos primeiros 13 dias de maio, 18 funcionários do Itaú em Niterói e Região homologaram suas demissões no Sindicato dos Bancários de Niterói. A onda de demissões não poupou nem mesmo um deficiente auditivo com mais de 20 anos de banco.
Só nos primeiros 13 dias de maio, 18 funcionários do Itaú em Niterói e Região – incluindo um deficiente auditivo – homologaram suas demissões no Sindicato dos Bancários de Niterói. A maioria dos demitidos é de bancários oriundos do Unibanco, geralmente ocupando o cargo de assistente de gerente. Do total de dispensados, uma parcela significativa de funcionários tinha cerca de 20 anos de trabalho na empresa.
Por isso o Sindicato marcou uma assembleia para as 18h desta quarta-feira, dia 18. É importante que todos compareçam, pois além dos informes sobre os cortes que o banco vem fazendo, serão definidas estratégias para combater as demissões. A assembleia será no auditório do Sindicato (Rua Maestro Felício Toledo, 495, sobreloja, Centro de Niterói). O Sindicato não descarta a possibilidade de paralisações caso as demissões continuem.
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Deficiente auditivo com mais de 20 anos de banco
A onda de demissões não poupou nem mesmo um deficiente auditivo. O bancário dispensado, com mais de duas décadas no banco, era oriundo do departamento de digitação do extinto Banerj. O setor ficava no prédio da Gamboa, onde funcionava todo o sistema de TI e a compensação noturna do antigo banco estadual. Entre os digitadores, havia um grande número de surdos, que foram espalhados pela rede do Itaú depois da compra do Banerj. Nos 13 municípios que compõem a base territorial do Sindicato de Niterói e Região, havia cerca de uma dezena deles. Com a demissão deste funcionário, os outros deficientes auditivos estão preocupados.
“Esse bancário demitido é um chefe de família, tem esposa e um dos três filhos com a mesma deficiência. Aos 47 anos e com essa limitação, onde ele vai conseguir emprego agora? O Itaú, que faz tanta propaganda dizendo que se preocupa com o social, teve uma atitude de muita irresponsabilidade social ao demitir esse bancário”, avalia Waldemiro Baptista da Silva, diretor do sindicato.
O banco vem demitindo principalmente caixas e gerentes operacionais em diversas regiões do país, apesar do lucro de R$ 3,5 bilhões só no primeiro trimestre deste ano. Bancários com muito tempo de casa estão sendo desprezados, e o banco já reconheceu que demite funcionários com mais tempo de banco para contratar novas pessoas com salários bem menores. Na quinta-feira, dia 12, os sindicalistas se reuniram com a direção do banco e cobraram garantia de emprego, com base na Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que dificulta as demissões imotivadas.
Fonte: Feeb-RJ/ES, com BancariosNit