A eliminação dos empregos ocorre mesmo com o compromisso de que não haveria demissões no processo de fusão com o Unibanco.
Funcionários do Itaú que trabalham como caixas e gerentes operacionais estão sendo demitidos em diversas regiões do país. A eliminação dos empregos ocorre mesmo com o compromisso assumido pelo banco após a aquisição do Unibanco de que não haveria demissões no processo de fusão. A denúncia vem da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
“Como se não bastasse a quebra da palavra empenhada, a dispensa de trabalhadores acontece depois que a instituição atingiu em 2010 o lucro recorde de R$ 13,3 bilhões, o maior da história dos bancos brasileiros”, afirma o funcionário do Itaú e presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.
Negociação adiada
O banco comunicou à Contraf-CUT no final da tarde desta quarta-feira, 13 de abril, o adiamento da reunião que estava marcada para quinta-feira, às 10h, em São Paulo, visando retomar a discussão sobre o reajuste unilateral de até 24,61% no convênio médico ocorrido em março.
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Segundo o banco, o gestor do convênio médico não conseguiu fazer o levantamento da apresentação de contas e o balanço do plano, que o movimento sindical havia solicitado. Nova data da reunião será marcada. “Isso mostra o desrespeito do banco em relação a seus funcionários. Esse assunto havíamos encaminhado para o Itaú há três semanas e haveria tempo suficiente para fazer o levantamento”, critica Jair Alves, diretor da Fetec-SP.
Reunião da COE Itaú
A Contraf-CUT reuniu nesta quarta-feira, dia 13, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, na sede do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
Além do plano de saúde e das demissões que vêm ocorrendo, os debates também envolveram questões ligadas aos bancários egressos do Unibanco, em especial questões de previdência complementar e o papel dos institutos de benefícios do banco, como o IJMS e o IAPP.
Mobilização contra demissões
Nesta quinta-feira, a Contraf-CUT retomará a reunião da COE Itaú para definir um plano de mobilização para denunciar as demissões aos clientes e à sociedade e exigir garantia de emprego e respeito aos trabalhadores.
“A diretoria do Itaú deixou claro que não ocorreriam demissões, mas o fato é que até mesmo bancários premiados no programa Agir perderam seus empregos, o que evidencia o desrespeito do banco com seus trabalhadores”, ressalta Carlos Cordeiro.
Fonte: Contraf-CUT