Bancos anunciam medidas emergenciais para ajudar os gaúchos

Em reunião, no último dia 6, com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e da Federação Estadual (Fetrafi-RS) pediram ajuda para os funcionários e para a população do Rio Grande do Sul, que enfrentam uma grande catástrofe com as últimas enchentes.

A resposta dos bancos veio em forma de medidas emergenciais. O Itaú anunciou a antecipação da Gratificação Semestral, além do pagamento adiantado da primeira e segunda parcelas do décimo terceiro salário. O banco também efetuou o pagamento dos estagiários e informou que outras alternativas estão sendo estudadas e, assim que finalizadas, serão divulgadas.

Já o Santander informou medidas como a antecipação do décimo terceiro salário, abono do ponto eletrônico para as ausências no mês de maio e o reforço no suporte do PAPE, que acolhe não somente os funcionários, como as famílias, num atendimento 24 horas por dia.

O pacote anunciado pelo Banco do Brasil inclui além dos funcionários da empresa, terceirizados e clientes atingidos pela tragédia ambiental. São elas: reforço no atendimento das redes de gestão de pessoas (Gepes), com prioridade aos funcionários do Rio Grande do Sul; liberação do Programa de Assistência Social (PAS), um mecanismo de crédito do banco, voltado aos funcionários; flexibilização de antecipação de férias para os trabalhadores do Rio Grande do Sul, em caso de solicitação pelo próprio funcionário;
abono 478, mecanismo interno para justificar as faltas em situações específicas, nesse caso por causa da situação de calamidade pública.

A proposta inclui ainda a possibilidade do home office; flexibilização do trabalho remoto; adição de funcionários de outras localidades do país como reforço nas dependências do RS; substituição de todas as funções gerenciais, em dependências do RS, para compor um comitê, com objetivo de estruturar e atender melhor as demandas; e adiantamento salarial, considerando a margem consignável de cada funcionário.

Os empregadas e empregados da Caixa têm garantido, no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), o direito a adiantamento emergencial de até dez salários padrão de referência de seu cargo efetivo, desde que o município em que residem tenha decretado estado de calamidade pública. Os valores podem ser devolvidos em até 60 parcelas iguais e sem juros, com valor limitado a 30% do salário.

Trabalhadoras e trabalhadores do Bradesco atingidos pela catástrofe vão receber Vale Alimentação emergencial de R$ 835,99, no dia 31/05, e antecipação da 1ª parcela do 13º salário. Além disso, terão direito a apoio psicológico 24h por meio do canal 0800 701 1212, flexibilização da jornada de trabalho e férias, bem como empréstimo social (VivaBem) em condições diferenciadas.

Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT, ressaltou que as medidas anunciadas pelos bancos são positivas, mas lembrou que o movimento sindical também está solicitando a suspensão de cobrança de metas, que quem não puder ir trabalhar, tenha os pontos abonados e que agências sem condições sanitárias, como falta de água, não sejam abertas. E ainda linha de crédito com prazos estendidos, sem juros, para funcionários atingidos, entre outras medidas.

Bancários de Niterói

Engajado na campanha para ajudar os irmãos gaúchos, o Sindicato dos Bancários de Niterói e Regiões disponibilizou o PIX e os dados bancários do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre para que todas as doações cheguem imediatamente nas mãos de quem pode ajudar diretamente as vítimas. Confira:

PIX:  51 92004-4245 (telefone)

SUA DOAÇÃO EM DOBRO!

Como gesto concreto de comprometimento e solidariedade, CADA REAL será correspondido por uma doação de igual valor por parte do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre para o socorro às vítimas da enchente.

O secretário executivo do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, Casemiro Luiz, agradeceu toda a solidariedade do movimento sindical do Brasil ao povo gaúcho.

“Estamos passando pela maior catástrofe climática da história do Rio Grande do Sul, onde quase 90% das cidades do nosso estado foram afetadas pelas chuvas, que castigam o estado desde o início da semana passada. O que estamos vivendo hoje deve servir de alerta à crise ambiental que o Brasil já está enfrentando. É urgente o trabalho coletivo, tanto do poder público, quanto da sociedade, por meio de ações mais contundentes e conscientes, para conter a destruição do nosso planeta”, afirmou Casemiro.

 

*Fonte: Contraf-CUT