Durante reunião ocorrida na tarde desta terça (8), o Itaú apresentou um novo modelo-piloto de agências a ser implantado a partir de janeiro de 2021. Ainda não foram informadas as agências que farão parte do projeto, que serão informadas a Comissão de Organização de Empregados (COE) da instituição. A divulgação de detalhes foi cobrança da COE acerca dos principais pontos do evento realizado com os funcionários de agências no último dia 26/11.
Nesse novo modelo de agências, haverá caixas híbridos e espaços de descanso e relaxamento para os funcionários. Também ocorrerão mudanças no programa de remuneração variável das agências, que passará a se chamar “GERA”, com metas mensais e semestrais. Nas mensais, a produção será medida individualmente com “cesta de produtos”, por exemplo.
Será a partir desse modelo que se definirá um formato de como funcionará as agências no futuro (Itaú 2030).
Durante a reunião, também foram debatidas as metas semestrais para as áreas de Proteção – Seguros e Aquisição de bens – imobiliário, consórcio, etc. Ficou definido um acelerador de vendas de 5% a 15%. Já a avaliação do SQV (Score de Qualidade de Vendas), como pagamento de bônus, será inclusa para o time comercial no dimensionamento do porte da agência e o gerente geral terá um contrato único para todo seguimento.
O COE questionou, ainda, a ausência de bancários da área operacional no novo modelo. “Os trabalhadores estavam com expectativas que não foram atingidas, causando frustação e o medo de demissões aumentou”, salientou Jair Alves, coordenador da COE Itaú.
Outro ponto questionado foi o novo modelo de layout que prevê espaços para relaxamento. Muitas agências não possuem estrutura física para isso. O número de funcionários para atendimento também preocupa nesse novo modelo, já que os recursos humanos estão cada vez mais escassos – de modo que, em diversos casos, bancários ficam sem realizar o horário de almoço.
“Solicitamos que os sindicatos participem da elaboração deste novo Programa de Remuneração, sendo que esta reivindicação é antiga, já que o programa AGIR existente no banco exclui vários trabalhadores, possui metas inalcançáveis que causam o crescimento de doenças nos locais de trabalho”, completou Jair Alves.
Os representantes do Banco se comprometeram a levar as reivindicações para serem discutidas internamente e darão retorno.