Sindicato exige nova formatação da PLR, prejudicada pelos excessivos provisionamentos no balanço do banco inglês, responsáveis pela redução dos lucros e dos valores de sua distribuição.
Nesta quinta-feira, dia 22, todas as 15 agências do HSBC, nos 16 municípios da base de Niterói e Região, retardaram a abertura por duas horas, exigindo uma nova formatação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), prejudicada pelos excessivos provisionamentos no balanço do banco inglês, responsáveis pela redução dos lucros e dos valores de sua distribuição.
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Após 28 dias de greve na Caixa, o Sindicato continua colocando a boca no trombone.
A manobra contábil reduz o lucro de R$ 2,1 bilhões para apenas R$ 250 milhões, já prejudicando a primeira parcela da PLR.
Carta aberta aos funcionários do HSBC
Chega de exploração do HSBC no Brasil
Bancários exigem pagamento integral da regra básica da PLR
Os bancários do HSBC Brasil trabalharam duro no primeiro semestre de 2009 para conquistar R$ 2,1 bilhão de lucro, valor que consta do balanço contábil. Porém, para efeitos da distribuição da PLR da Convenção Coletiva esse resultado aparece como R$ 250 milhões. Fruto de tantos provisionamentos, inclusive PDD, que acabaram consumindo praticamente todo o esforço dos trabalhadores. Enquanto isso, o valor maior é utilizado como parâmetro para o pagamento dos executivos e acionistas do banco.
O mais grave é que esses provisionamentos são feitos para conter despesas que “eventualmente” possam acontecer. Segundo o diretor-executivo de finanças do HSBC Brasil, Álvaro Azevedo, o conservadorismo fez com que fosse ampliado o nível de provisões para crédito, conforme matéria divulgada pelo Jornal Valor Econômico, em 28 de agosto. A postura conservadora do banco prejudica os trabalhadores, interferindo diretamente no cálculo da PLR, já que a referência para pagamento é o lucro líquido.
A primeira parcela da PLR que será paga aos bancários será de 54% do salário, mais R$ 624,00, mais 2% do lucro líquido linear. Com o cálculo, no HSBC seria de 38% do salário, mais R$ 450,00, mais R$ 209,00.
No início deste ano já ocorreram problemas com o pagamento da PLR/PTI dos gerentes, quando também houve uma insatisfação generalizada em todo país, e novamente isto pode acontecer este ano, inclusive no pagamento da PPR/PTI, prejudicando os trabalhadores, responsáveis pelo lucro bilionário da instituição.
Mediante a polêmica na base dos cálculos, a Contraf-CUT se reuniu com a direção do banco dia 20, em São Paulo, e discutiu o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) aos bancários. o banco se comprometeu a dar uma resposta até esta quinta-feira, 22 de outubro, definido pelos bancários o Dia Nacional de Luta dos funcionários do HSBC contra a exploração do banco no Brasil e no mundo.
Os bancários, responsáveis pelos bons resultados do banco, não permitirão que sejam mais uma vez sacrificados pelos ajustes feitos no balanço. Os empregados exigem valorização, como sinal de reconhecimento pelo seu empenho e dedicação.
A luta vai continuar até o banco reconhecer o esforço dos trabalhadores. Não podemos aceitar que o HSBC continue explorando você.