Greve madrugadora no Bradescão de Niterói

Às 5h da manhã, cerca de 100 bancários iniciaram protesto no Bradescão da Av. Amaral Peixoto, onde os funcionários vinham sendo coagidos a entrar antes das 6h. A manifestação teve cobertura da imprensa e incluiu um “despacho” (fotos).

Os bancários de Niterói e Região conseguiram um importante avanço para o fortalecimento da greve nesta terça-feira, dia 14. Às 5h da manhã, cerca de 100 bancários iniciaram protesto em frente ao Bradescão da Avenida Amaral Peixoto, Centro de Niterói, porque o Sindicato foi informado de que os funcionários daquela unidade vinham sendo coagidos a entrar antes das 6h da manhã, para sabotar a paralisação.

Com a ação madrugadora do Sindicato, aproximadamente 80 bancários puderam aderir à greve hoje, sem ameaças do banco. A manifestação teve ampla cobertura de vários órgãos da imprensa e incluiu até um bem-humorado “despacho” na porta do banco, para espantar o impasse e abrir os caminhos das negociações.

Nos outros bancos de Niterói e Região, a greve continua forte, como foi decidido por mais de 100 bancários que compareceram à assembléia de segunda-feira. Nesta terça-feira, a assembléia será às 17h30 na Rua Marechal Deodoro 74, Centro de Niterói. Até agora, os bancos ainda não chamaram para negociar.

Mais de 5 mil agências paradas
O Comando Nacional dos Bancários, em reunião realizada sábado em São Paulo, orientou pela continuidade da greve até que os bancos apresentem uma proposta que contemple as reivindicações da categoria. O Comando fará nova reunião nesta quarta-feira 15. Mais de 5 mil agências estão paradas em todo o País.

Os bancários rejeitaram na semana passada proposta de reajuste de 7,5% apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), por considerá-la insuficiente e não condizente com a alta rentabilidade do setor. Pela proposta, a PLR (participação nos lucros e resultados) seria inferior à paga no ano passado.

As principais reivindicações dos bancários são:
. 5% de aumento real (a proposta da Fenaban é de apenas 0,35%).
. Valorização dos pisos salariais.
. Aumento do valor e simplificação da distribuição da PLR (Participação nos Lucros e Resultados).
. Vale-refeição de R$ 17,50.
. Cesta-alimentação equivalente a um salário mínimo (R$ 415,00).
. Fim das metas abusivas e do assédio moral
. Mais segurança nas agências.
. Mais contratações.