Categoria amplia movimento em todo país e mais de 8.500 agências ficaram paralisadas no terceiro dia do movimento. Bancários de Niterói e região voltam a ser reuniar na quarta-feira, 26, às 18hs, para avaliar o futuro da mobilização.
A greve dos bancários continua na próxima semana. Diante do silêncio dos banqueiros em negociar, a categoria decidiu pela continuidade do movimento. O Sindicato dos Bancários de Niterói e região realizou assembleia para avaliar a greve na noite desta quinta-feira, 20, e os bancários aprovaram nova reunião para quarta-feira, 26, para discutir o futuro da paralisação. Na base atendida pela entidade, 100% das 220 agências estão fechadas desde o início da suspensão dos serviços bancários. Cerca de 3,5 mil funcionários aderiram ao movimento que acontece em todos os 16 municípios de forma pacífica e ordeira.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Niterói e região, Fabiano Paulo Silva Júnior, destacou a luta da categoria na região e comentou o sucesso do movimento. “Mais uma vez Niterói está na vanguarda das grandes mobilizações e dando um exemplo ao restante do país na defesa dos interesses da categoria. Sabemos que lutar contra os poderosos banqueiros é uma tarefa árdua e difícil, mas estamos reagindo muito bem, cumprindo todos os regimentos que a Lei nos impõe e garantindo assim, uma paralisação ordeira e tranquila. Registramos apenas pequenas ocorrências resolvidas com um bom diálogo”, destacou.
Fabiano Júnior falou ainda da estratégia para a próxima semana nas agências da base do Sindicato. “Como nos outros anos, sabemos que fim de mês é época dos aposentados e pensionistas receberem seus benefícios, por isso, na próxima semana adotaremos um contingenciamento de atendimento para os idosos com caixas atendendo exclusivamente esta demanda para aqueles que não possuírem cartão magnético para sacar o benefício nos caixas eletrônicos. Nossos aposentados e pensionistas não serão prejudicados em momento algum durante o movimento”, afirmou o presidente do Seeb-Niterói.
A escala de recebimento de benefício pelos aposentados e pensionistas, geralmente, se inicia no dia 25 de cada mês.
Apesar do silêncio para negociar, os banqueiros tentam a todo custo embargar a greve na Justiça. Em todos Brasil a greve continua crescendo. Nesta quinta-feira (20), terceiro dia do movimento, as paralisações atingiram 8.527 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados nos 26 estados e Distrito Federal.
No primeiro dia de greve, terça-feira (18), 5.132 agências foram fechadas. Já no segundo dia as paralisações alcançaram 7.324 dependências. O crescimento da greve nesta quinta-feira superou também o terceiro dia do movimento no ano passado, quando 7.672 unidades foram fechadas.
O Comando Nacional se reúne nesta sexta-feira, 21, a partir das 14h, na sede da Contraf-CUT, em São Paulo para fazer uma avaliação da greve e discutir estratégias para fortalecer ainda mais o movimento em todo o país. Os dirigentes informaram a Fenaban da reunião e se colocaram à disposição para discutir novas propostas. Caso os bancos continuem não dando sinal de vida e mantenham essa postura intransigente em relação às demandas dos bancários, a categoria permanece parada durante a próxima semana.
Os bancos apresentaram uma única proposta ao Comando Nacional, no dia 28 de agosto, com reajuste de 6% (apenas 0,58% de aumento real) rejeitado pelos bancários em assembleias realizadas pelos sindicatos em todo o país.
As principais reivindicações dos bancários
● Reajuste salarial de 10,25% (aumento real de 5%).
● Piso salarial de R$ 2.416,38.
● PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos.
● Plano de Cargos e Salários para todos os bancários.
● Elevação para R$ 622 os valores do auxílio-refeição, da cesta-alimentação, do auxílio-creche/babá e da 13ª cesta-alimentação, além da criação do 13º auxílio-refeição.
● Mais contratações, proteção contra demissões imotivadas e fim da rotatividade.
● Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral
● Mais segurança
● Igualdade de oportunidades.
Assessoria de Imprensa Seeb-Niterói
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