GREVE: Bancos continuam fechados e bancários esperam por proposta decente

Semana começa com paralisação total nos 16 municípios da base do Sindicato de Niterói e categoria se reúne na próxima quarta-feira para avaliar movimento. Mais de 9 mil agências estão fechadas em todo Brasil.

A paralisação dos bancários na região de Niterói começou a semana com todas as 220 agências bancárias fechadas repetindo a última semana quando 100% da base do Sindicato permaneceu parada. A mobilização da categoria deve durar por toda semana já que a Fenaban não apresentou nenhuma nova proposta. Na quarta-feira, 26, os bancários de Niterói e região se reúnem, às 18hs na sede social do Sindicato que fica a Rua Evaristo da Veiga, 37, no centro de Niterói, em nova assembleia para avaliar a greve e traçar novas metas e se posicionar caso haja alguma manifestação dos banqueiros.

A greve nacional se alastra a cada dia. Nesta sexta-feira, quarto dia do movimento, 9.092 agências e centros administrativos foram fechados nos 26 estados e no Distrito Federal, segundo balanço da Contraf-CUT a partir das informações passadas até as 18h pelos 123 sindicatos e dez federações que integram o Comando Nacional.

Na terça-feira 18, primeiro dia da paralisação, 5.132 agências haviam sido fechadas, saltando para 7.324 no segundo dia e 8.527 na quinta-feira. Já no quarto dia de paralisação no ano passado, 7.865 agências haviam sido fechadas.

Na reunião desta sexta, o Comando Nacional avaliou que o crescimento da greve é consistente em todo o país, principalmente nos bancos privados, e orientou os sindicatos a intensificarem a mobilização em todas as bases, de forma a forçar a Fenaban a romper o silêncio e retomar as negociações.

A federação dos bancos apresentou a primeira e única proposta, com 6% de reajuste (0,58% de aumento real), no dia 28 de agosto. No dia 5 de setembro, a Contraf-CUT enviou carta à Fenaban para reafirmar que estava aberta à retomada das negociações e reivindicava a apresentação de uma nova proposta, mas até hoje não obteve resposta.

“Os bancos erraram ao apostarem no fracasso da paralisação. A resposta dos trabalhadores está aí, com uma greve ainda mais forte que nos anos anteriores”, conclui Carlos Cordeiro.

As principais reivindicações dos bancários

● Reajuste salarial de 10,25% (aumento real de 5%).
● Piso salarial de R$ 2.416,38.
● PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos.
● Plano de Cargos e Salários para todos os bancários.
● Elevação para R$ 622 os valores do auxílio-refeição, da cesta-alimentação, do auxílio-creche/babá e da 13ª cesta-alimentação, além da criação do 13º auxílio-refeição.
● Mais contratações, proteção contra demissões imotivadas e fim da rotatividade.
● Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral
● Mais segurança
● Igualdade de oportunidades.

Ascom Seeb-Niterói e Contraf-CUT


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