A partir desta segunda-feira, 1º de maio, trabalhadores(as) que recebem até R$ 2.640 ficarão isentos de Imposto de Renda (IR). O anúncio foi feito, nesta sexta-feira (28), pelo Ministro do Trabalho e ex-presidente da CUT, Luiz Marinho.
A estimativa é que 13,7 milhões de pessoas sejam beneficiadas com a medida, de acordo com dados da Receita Federal. Segundo o ministro, os principais beneficiados serão os trabalhadores de menor poder aquisitivo.
O Governo informou, na última quinta-feira (27), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai editar uma Medida Provisória (MP) para aumentar o salário-mínimo para R$ 1.320. Atualmente, o valor está em R$ 1.302. Dessa forma, ficarão isentos todos que recebem até dois mínimos.
Segundo Marinho, a proposta para a valorização permanente do mínimo seguirá os mesmos moldes das gestões anteriores de Lula e de Dilma Rousseff, com índice que corrige o valor pela inflação do ano anterior mais a variação do PIB de dois anos antes. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), 60,3 milhões de brasileiros recebem remuneração com base no salário-mínimo.
“Essa medida é uma conquista da classe trabalhadora e muito importante para o Brasil, pois aumenta o poder aquisitivo daqueles que têm os menores ganhos, o que estimula o consumo e a produção”, ressaltou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Contraf-CUT) e vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira,
A dirigente destacou ainda que a política de valorização do salário-mínimo foi responsável pelo conhecido “ciclo virtuoso” da economia dos mandatos anteriores de Lula, de 2003 a 2010.
“Quando a renda do trabalhador melhora, ele pode comprar mais e sua família vive em condições mais dignas. Com consumo maior, a produção cresce e as empresas contratam mais”, concluiu Juvandia.
*Fonte: Contraf-CUT