Fraudes na contratação, fechamento de centenas de agências, queda na arrecadação tributária e a postura antissindical do Santander foram pautas de audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília.
O Santander vem transferindo bancários para empresas como a F1RST, SX Tools, Prospera e SX Negócios, todas do mesmo conglomerado, com CNPJs diferentes.
Dessa forma, paga menos impostos e fragmenta a categoria bancária excluindo os trabalhadores dos acordos coletivos da categoria. Os trabalhadores perdem os direitos conquistados e o banco aumenta sua lucratividade.
Os trabalhadores transferidos ficam de fora da Convenção Coletiva do Trabalho (CCT) bancária, perdendo direitos como PLR; VA e VR de mais de R$ 1.900 somados; auxílio-creche/babá de R$ 659,67, além de salários mais altos.
Em quatro anos, o número de trabalhadores bancários no Grupo Santander passou de 36.743 em 2020 para 18.230 em 2024, registrando uma queda de 50%.
Os dados apresentados durante a audiência mostram que, no Grupo Santander, houve redução real de 4,14% nas despesas de pessoal, ou R$ 525 milhões entre 2019 e 2024. A despesa média por trabalhador teve queda de 17,6% no período.
O levantamento tem como base as demonstrações financeiras do Santander e foram compilados pelo Dieese.
Já o lucro do banco no Brasil alcançou R$ 13,5 bilhões crescimento de 48,6% e rentabilidade de 17,6%, apenas em 2024.
Fonte: SP Bancários