Com o tema “A digitalização e a mensagem sindical” foi realizado um workshop no último dia do Fórum Sindical Internacional sobre a Digitalização Financeira, que aconteceu em São Paulo, na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), também organizadora do evento.
A palestra “Ferramentas modernas para contactar com os trabalhadores, APPs e redes sociais” ficou a cargo de Catalina Beltran, da Associação Colombiana de Empregados Bancários (ACEB).
Ela mostrou que o aplicativo da ACEB tem atraído muitos trabalhadores não sindicalizados.
“Através das redes sociais a gente conseguiu ajudar outros trabalhadores que queriam entrar no movimento sindical, mas não sabiam como”, afirmou Catalina, acrescentando que o aplicativo contém todas as informações do sindicato, como convenções coletivas, notícias diárias, na rede social.
Representantes da agência de conversação pública do Uruguai, Doble ele, também falaram sobre os desafios para as organizações sindicais nas redes sociais.
A diretora de Comunicação da agência, Laura Modernell, lembrou que antigamente o problema era como passar as informações.
“Agora é o que passar e por qual meio, com foco na pessoa que te ouve. Agora, as redes sociais sugerem que precisamos falar imediatamente, o que aumenta a polarização. É só vermos como inicialmente as pessoas demoravam para dar um like em qualquer coisa e agora é totalmente instantâneo”, afirmou”.
O sócio fundador da Doble ele, Fernando Calleros Piriz, ressaltou a necessidade das entidades sindicais acompanharem o ritmo atual. Segundo ele, as pessoas têm uma grande necessidade de informação e a comunicação dos sindicatos precisa acompanhar, mas lembrou que é preciso estar preparado para as críticas.
Membro da equipe de Comunicação da Contraf-CUT, Henrique Guilherme Batista, abordou a “Mensagem do sindicato na comunicação moderna. Estratégias para alcançar os jovens trabalhadores”.
Ele explicou que, na Contraf-CUT, todas as campanhas são pensadas com estratégias para todas as regiões do Brasil e, principalmente, para atingir todos os públicos, sejam jovens ou mais velhos.
“A forma que encontramos de tentar atingir os jovens e também o público mais velho nas redes sociais é por meio da educação. Criando vídeos explicativos e cursos que ensinam a conhecer cada rede e a utilizar ferramentas e aplicativos. Nosso próximo passo é um seminário de comunicação, para comunicadores de todo Brasil e convidados internacional”, afirmou.
Mónica Sladogna, diretora da Friedrich Ebert Stiftung (FES) na Argentina, falou sobre digitalização e futuro do trabalho. A FES é uma fundação social-democrata alemã com mais de 35 anos de presença no país, comprometida com a democracia e a justiça social.
“A mensagem sindical comprometida com as lutas sociopolíticas” foi o tema da palestra ministrada por Ana Muga, da Confederação de Trabalhadores Bancários do Chile (CSTBA).
O secretario de Finanzas da Associação dos Bancários do Uruguai (AEBU), Pablo Andrade discurso sobre a otimização da comunicação digital. “Nós temos que conhecer as especificidades das redes, para saber onde nos aprofundar mais” disse Pablo.
Homenagem
Para finalizar o encontro, a secretária de Relações Internacionais da Contraf-CUT Rita Berlofa recebeu uma homenagem.
Rita é bancária do Santander, iniciou sua carreira no Banespa, participando ativamente da luta contra a sua privatização.
Foi coordenadora da mesa de negociações com o Santander por 12 anos, coordenadora da Rede Sindical Santander para a UNI Américas por 10 anos, e presidenta da UNI Finanças por oito anos.
Dirigente sindical desde 1997, na diretoria executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região esteve à frente das secretarias de Saúde e Condições de Trabalho; Organização e Suporte Administrativo; Finanças; e de Estudos Sócio-econômicos.