O Sindicato dos Bancários de Niterói e região alerta os funcionários sobre práticas do banco Itaú de pressionar bancários a “confessarem” erros para depois demiti-los por justa causa. Esses trabalhadores são chamados na auditoria para redigir carta de próprio punho, ditada por representante do banco, admitindo ter realizado algo que vai contra a política oficial da instituição financeira. Logo em seguida, esse funcionário é desligado, e sem receber nenhuma verba indenizatória.
A diretoria do Sindicato orienta os trabalhadores a não redigirem a carta, ainda que o banco pressione. Nenhum trabalhador é obrigado a produzir documentos contra si. Caso esse tipo de coação acontece, o bancário deve procurar o sindicato imediatamente. Possíveis erros que os bancários possam cometer resultam da própria política de imposição de metas inalcançáveis aos trabalhadores. Acontece, que quando os erros implicam em reclamações de clientes, o Banco Central acionar o banco que tenta se eximir de culpa transferindo-a ao empregado.
Consequências – Pode ocorrer que, quando o trabalhador se recusa a redigir a carta, o banco o afasta por um período de mais ou menos 15 dias. É o tempo que o Itaú leva para analisar se vai demitir o bancário por justa causa ou se será dispensa sem justa causa. De qualquer forma, quando o bancário é chamado para a auditoria e pressionado a escrever a carta, ele será demitido. Isso configura assédio moral, coação.
Vale ressaltar a importância do bancário observar as regras do banco. O ideal é que procure imediatamente a orientação do Sindicato.
Fonte: Seeb-Nit com SPBan