Fim da “sauna” no Santander

Na agência sem janelas da Avenida Amaral Peixoto, no Centro de Niterói, ar-condicionado não funcionava há nove dias. Paralisação fez o banco resolver o problema.


Depois de 12 dias trabalhando num verdadeiro forno sem janelas e sem ar-condicionado, os funcionários da agência Amaral Peixoto do Santander respiraram aliviados: dia 28, segunda-feira, o banco consertou o aparelho, depois de uma paralisação na sexta-feira, dia 25.
O Sindicato recebeu a denúncia de um cliente, que telefonou indignado com a tortura e a falta de condições de trabalho para os bancários. Dia 24, os sindicalistas foram à agência tentar resolver o problema amigavelmente. Como tudo continuou na mesma, houve a paralisação no dia seguinte, quando o atendimento ao público só começou às 14h, depois que o banco providenciou ventiladores e se comprometeu a fazer o conserto imediatamente.
Mas a primeira providência do banco na hora da paralisação foi enviar um fotógrafo-espião que tentou intimidar os sindicalistas, insinuando um provável interdito proibitório contra a manifestação pacífica, que foi até coberta pela imprensa, com entrevistas ao jornal niteroiense A Tribuna.
No mesmo dia, o sindicalista Marcial Maiato denunciou o problema à Delegacia Regional do Trabalho (DRT), que enviou um fiscal e comprovou que o calor infernal colocava em risco a saúde de bancários e clientes. A DRT ainda constatou que a agência não cumpre a lei que obriga a instalação de rampas de acesso aos deficientes físicos e realizou uma mesa redonda na segunda-feira, dia 28, quando o banco se comprometeu a fazer a limpeza do ar-condicionado no prazo de 15 dias.
O Sindicato está vigilante, para que essa e todas as agências do Santander não sacrifiquem seus funcionários por levarem à risca, no pior sentido, o símbolo do banco, que é uma fogueira. Qualquer problema semelhante deve ser denunciado ao Sindicato por funcionários ou clientes, através do telefone 2717-2157. A ligação pode ser anônima.