Em reunião de negociação, COE repudia uso de violência contra trabalhadores do Santander

Realizado na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em São Paulo, o quinto encontro de negociação entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander e a direção do banco, começou com o protesto contra o banco pelo uso da Polícia Militar para reprimir trabalhadores. A reunião ocorreu nesta sexta-feira (23).

A mobilização, que acabou com a violenta repressão policial, reivindicava o fim da implementação de projetos de terceirização. A COE exige que a prática acabe e que seja disponibilizada uma relação com os nomes, matrículas, datas de admissão, condição sindical, base sindical e local de trabalho de todos os empregados.

De acordo com Wanessa Queiroz, coordenadora da COE, muitos trabalhadores do banco estão desamparados, excluídos da categoria bancária, com rendimentos e direitos cortados pela metade, sem saber a quem recorrer.

A COE também pediu que durante a vigência do ACT, quaisquer modificações substanciais nas condições coletivas de trabalho ou reestruturações de mão de obra de caráter coletivo sejam precedidas de negociações com os representantes sindicais.

Em relação às reivindicações econômicas, destaque para o Programa de Participação nos Resultados para 2024. A COE propõe que o valor para 2024 seja de R$ 8.212,63.

Os trabalhadores pedem ainda a implementação de uma bolsa de férias e isonomia de tratamento com os trabalhadores da matriz. Também foi pedida a concessão de empréstimos especiais sem juros para empregados que necessitem cobrir situações urgentes e justificadas, com valores equivalentes a até nove salários mensais.

O Santander se comprometeu a levar um retorno global para as reivindicações na próxima reunião, que deverá acontecer no início de setembro, em data a ser confirmada.

 

*Fonte: Contraf-CUT