Em ato, Sindicato dos Bancários de Niterói denuncia fechamento de agências e demissões

 

Uma das principais reclamações dos clientes e usuários dos bancos é a demora para o atendimento e o direcionamento dos funcionários para que sejam utilizados os terminais de autoatendimento (ATM). Mas o que é considerado má vontade, na verdade, é precarização e sobrecarga de trabalho. E foi buscando conscientizar a todos que o Sindicato dos Bancários de Niterói e Regiões realizou atos em agências bancárias do Santander, Bradesco e Itaú na manhã desta sexta (30).

 

“Estamos alertando os clientes e usuários dos seus direitos. O banco não pode se recusar a atender o cliente, ao invés de direcioná-los aos terminais de autoatendimento. Isso reflete em um problema muito grande, pois se você aumenta os atendimentos via ATM, há demissão e fechamento de agências”, comentou Jorge Antônio Porkinho, presidente do Sindicato dos Bancários de Niterói e região.

 

Secretário de Imprensa e bancário do Bradesco, Fabiano Junior comentou a importância de todos saberem a real situação da categoria. “É fundamental o Sindicato fazer as manifestações e as atividades falando da importância do papel social do Banco como prestador de serviço a sociedade brasileira atendendo dos seus clientes e usuários e não só pensarem no lucro fechando agências e demitindo os seus funcionários”, acredita.

 

Júlio César Pessoa, diretor de Finanças e membro da Comissão de Empregados do Santander, lembrou que a precarização do serviço é culpa exclusiva do banco. “Os bancos demitem, diminuem a quantidade de bancários e isso precariza o atendimento. A atividade, ao fazer uma carta aberta e distribuir para os clientes e usuários, mostra que esse problema é causado pelo sistema financeiro, e não pelo trabalhador”, destacou.

 

 

Além de expor a situação crítica aos clientes e usuários, os diretores do sindicato aproveitaram para conversar com a categoria sobre a necessidade dos bancários se sindicalizarem para fortalecer as lutas na defesa de direitos. “Vale ressaltar que, hoje, ninguém consegue chegar a uma idade de mais de 55 anos. Hoje, são vários jovens porque é mais fácil doutriná-los para que ele trabalhe como um escravo sem direitos. Eles acham que os direitos e benefícios que tem hoje foram dados pelo empregador. Se não fosse o sindicato lutar para conquistar esses direitos com muita luta, eles não existiram”, afirmou Marize Motta, secretária-geral do sindicato e bancária do Itaú.

 

 

A mobilização fez parte do Dia Nacional de Lutas.