Dia do Trabalhador – um 1º de Maio para exigir a manutenção dos nossos direitos e refletir

 

O 1º de Maio de 2022, Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, é mais que simbólico em sua comemoração e suas homenagens. A data será importante para o grito da classe trabalhadora que vem sendo massacradas nos últimos anos.

 

Níveis de desemprego altíssimos, com mais de 12 milhões de desempregados, mais de 33% da população vivendo com um salário mínimo ou menos e a grande riqueza permanece concentrada nas mãos de poucos brasileiros.

 

É para mudar essa realidade, inspirada nas lutas históricas, como a dos trabalhadores de Chicago, que a classe trabalhadora do país deve e vai se mobilizar para aumentar o coro na defesa de direitos e conquistas.

 

Para se ter uma ideia, segundo estudo do Dieese, no 4º trimestre de 2021, havia mais de 12 milhões de brasileiros desempregados e procurando trabalho. Outras 4,8 milhões de pessoas haviam desistido da procura devido à falta de perspectivas em encontrar uma vaga, em situação chamada de desalento. Ou seja, quase 17 milhões de brasileiros gostariam de trabalhar, mas não conseguiam ou simplesmente desistiram de procurar trabalho. Entre aqueles que trabalhavam, 7,4 milhões estavam subocupados por insuficiência de horas trabalhadas, ou seja, gostariam de trabalhar mais horas.

 

No 1º de Maio, a classe trabalhadora se mobiliza para exigir seus direitos em todo o mundo. A data nasceu na luta pela jornada de oito horas, marcada em 1886 por uma greve geral nos Estados Unidos, onde o trabalho chegava a 17 horas por dia.

 

O projeto do atual governo brasileiro é destruir os sindicatos. Por isso, o desafio deste Primeiro de Maio é mostrar que somos fortes.

 

Os trabalhadores do ramo financeiro estão na vanguarda sindical e são exemplo para outras categorias. Por isso, devemos nos juntar a toda classe trabalhadora, para aumentar a base de filiados, atraindo os jovens para a luta; garantir a contratação com carteira e a negociação coletiva, para defender o interesse de todos os segmentos da sociedade.

 

O mundo produtivo está diferente, cada vez mais mecanizado e digital. O que não muda é que eles continuam a tirar dos trabalhadores para concentrar a riqueza nas mãos dos mais ricos. Por isso, mobilização e unidade tornaram-se palavra de ordem, para a classe trabalhadora reconquistar o protagonismo político e reconduzir o Brasil para o futuro que a gente quer.

 

Esse 1º de Maio é de homenagens, mas também de reflexão. E aí? Vai esperar perder seus direitos ou emprego para entender o que estão acontecendo?