Maurício Dutra Villar estava sem salário e benefícios desde 1996, quando seu contrato de trabalho com o Banco Real foi suspenso após uma acusação infundada. Agora ele conseguiu vitória na Justiça e recebeu os cumprimentos do deputado Jorge Bittar (foto).
Desde 1996, Luís Maurício Dutra Villar não recebia seu salário do Banco Real. Também não recebia o auxílio-refeição, vale-transporte, nem podia usar o plano de saúde. Não tinha férias, décimo-terceiro, direito nenhum. O contrato de trabalho do bancário estava suspenso, como se ele tivesse sido demitido sem receber as verbas rescisórias. Após 12 anos de desgastante luta na Justiça, dia 19 de junho ele recuperou seu emprego e ganhou direito a indenização, que ainda não recebeu. Maurício, que é diretor de base do Sindicato (sem disponibilidade, mas com estabilidade prevista em lei), está de volta à agência Rink.
“Na reintegração, me acompanharam os sindicalistas, o advogado Índio da Costa e o oficial de Justiça. À tarde, até o deputado federal Jorge Bittar (PT-RJ) veio a Niterói me dar os parabéns, por ser um caso raríssimo no País na história das vitórias dos trabalhadores”, disse o bancário, que durante todo esse tempo precisou trabalhar em outras atividades para sobreviver – diretor de colégio e de uma ONG no Jardim Botânico –, mas contou com o apoio do Sindicato e do deputado na luta pelo retorno. “Sem sindicato, o bancário não tem força para nada. Estou muito satisfeito com a capacidade da entidade”, afirmou Maurício.
A suspensão do contrato de trabalho aconteceu em 10 de janeiro de 1996, quando o jornal “O Fluminense” publicou uma foto do subsolo da agência, onde alguns funcionários eram obrigados a trabalhar apesar da inundação provocada por chuvas. Maurício foi acusado de ter feito e enviado a foto, acusação que foi desmentida na Justiça pelo próprio jornal.