T I R A – G O S T O
O NOTICIÁRIO BEM-HUMORADO DE MARCELO QUARESMA
Ano X – Nº 04 – 2 de Novembro de 2015
@ “Uma ponte para o futuro” é o programa do PMDB para tirar o Brasil da crise. Os peemedebistas querem acabar com a indexação dos salários e benefícios previdenciários à inflação; passar a idade mínima de aposentadoria das mulheres para 60 anos e a dos homens para 65; acabar com as obrigações do Orçamento com educação e saúde; o controle independente, privado, das estatais; e que o desenvolvimento seja centrado na iniciativa privada… O PMDB descobriu o Neoliberalismo!… Pensando em 2018, o PMDB tucanou!
@ Com o “Uma ponte para o futuro”, o PMDB quer reduzir os gastos públicos com os mais pobres, que, no futuro, vão ficar, cada vez mais, debaixo da ponte.
@ Com o “Uma ponte para o futuro”, o PMDB quer que a iniciativa privada controle as estatais. Ué?… A Operação Lava-Jato não está mostrando que o grande problema das estatais é que, via corrupção, as estatais já são controladas pela iniciativa privada?… Os ricos ainda querem mais das estatais?…
@ Com o “Uma ponte para o futuro”, o PMDB quer que o desenvolvimento seja centrado na iniciativa privada, aquela envolvida nas licitações viciadas, no superfaturamento e na corrupção nas estatais e nos órgãos públicos. Quer aumentar os gastos públicos com os mais ricos, que vão ficar, cada vez mais, em cima da ponte.
@ Com o “Uma ponte para o futuro”, o PMDB, que já apoiou Sarney, Collor, Itamar, FHC, Lula e Dilma. Que apoia qualquer um que esteja no poder, tenta fazer uma ponte para apoiar um governo do PSDB no futuro.
@ Com o “Uma ponte para o futuro”, o PMDB lembra Robin Hood… Quer tirar dos pobres pra dar aos ricos.
@ “Por que a presidente não faz um gesto de grandeza; não me querem, eu vou embora”. Fernando Henrique Cardoso sugerindo que Dilma faça o que ele não fez na época do “Fora FHC!”… A memória curta dos brasileiros é uma grandeza… Inclusive a dos ex-presidentes.
@ “A CPMF não deveria ter sido retirada”. Lula, defendendo a volta da CPMF e esquecendo que foi contra o imposto quando foi criado por FHC em 1997. E que foi no governo Lula, em 2007, que a CPMF acabou, ou seja, que foi retirada… A memória curta dos brasileiros é uma grandeza… Inclusive a dos ex-presidentes.
@ Lula “Nunca gostou de ser baixinho”; “Ocupou televisão e rádio para pedir desculpas pelo mensalão. Leu o discurso olhando para o alto, sinal de que mentia, segundo estudiosos da língua corporal”; “É amoral”. Ricardo Noblat, no Globo, sendo baixinho ao chamar Lula de mentiroso tendo como prova o olhar para o alto… Pode ser que Lula não goste de ser baixinho e seja amoral. Mas, sem dúvida, Noblat gosta de ser baixinho e é amoral.
@ Com o dólar 60% mais caro no ano, muitos brasileiros acordaram do sonho de Miami todo ano e aprenderam que economia e política compartilham seu Facebook… Com a alta do dólar, o bacalhau e o vinho importados para o Natal e o Ano Novo já ficaram 20% mais caros… E a alta deve chegar aos 30%!… A Nova Classe Média vai matar saudade dos velhos tempos da ceia com chester e sidra na casa da sogra… Não tá fácil pra ninguém!
@ O time de futebol do Flamengo ia fazer a pré-temporada 2016 em Miami. Mas mudou de planos. Vai fazer a pré-temporada em Mangaratiba… Não tá fácil pra ninguém!
@ “A música tapa os buracos da sociedade” (Ryu Goto, violonista novaiorquino). Pena que, ao contrário das prefeituras, não tape os buracos da cidade.
@ Indignação nas redes sociais com comentários racistas no Facebook de Taís Araújo [foto]. Muitos dos indignados são os mesmos que não suportam negros e mulatos em aeroportos, em rolézinhos nos shoppings e nos ônibus que ligam os subúrbios às praias de Copacabana, Ipanema, Leblon e Barra da Tijuca, no Rio… E tem horror que as empregadas usem os banheiros deles… Bonita, global e rica, para muitos, Thaís é praticamente uma branca… É quase nóis!… Por isso, preconceito contra ela não pode!… Contra os outros, pode!… E muito!…
@ Pensamento da semana (de uma tia de João Saldanha, técnico demitido da seleção de 1970 por ser comunista): Não tenho preconceito contra negros. Até cumprimento um senhor de cor que mora na minha rua.