Copom deixa Selic entre as taxas mais altas do mundo

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano, deixando Brasil com uma das mais elevadas taxas de juros do mundo.

A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira, ressalta que a Selic alta não combate a inflação e só prejudica a população.

“O Banco Central diz que precisa manter a taxa de juros alta para controlar a inflação, mas isso não é verdade para os tipos de inflação que enfrentamos no Brasil. Juros altos mantêm o país no topo do ranking mundial de juros reais e penalizam a população, que paga mais caro pelo crédito, consome menos e vê as empresas reduzirem investimentos e empregos,” afirma Juvandia.

Já o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT, Walcir Previtale, afirma que os juros altos aumentam o endividamento da população e compromete a renda do trabalhador.

“Um financiamento de casa ou carro se torna quase proibitivo, enquanto estimular o consumo das famílias e do setor produtivo com crédito a juros justos é o caminho para controlar a inflação sem penalizar o povo,” ressaltou Walcir.

De acordo com o movimento sindical, a Selic adequada pode gerar crescimento econômico e pleno emprego, como já ocorreu no primeiro governo do PT.

 

*Fonte: Contraf-CUT