Reposição total da inflação e aumento real garantidos, assim como todos os direitos previstos pela Convenção Coletiva de Trabalho para os próximos dois anos. Os sindicatos representantes de bancários de instituições públicas e privadas assinaram na sexta-feira (31/8), com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), a Convenção Coletivo de Trabalho (CCT) 2018/2020 e os acordos aditivos do Banco do Brasil e da Caixa Federal, válidos pelo mesmo período.
A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, destacou a importância da unidade entre os bancários de todo o Brasil na Campanha Nacional Unificada 2018 e destacou a manutenção de todos direitos e o fortalecimento da organização dos bancários como outro grande resultado.
“Quero parabenizar os dirigentes sindicais do Comando. Esse processo foi construído com todos eles desde as assembleias, conferências estaduais, regionais, a nacional, com muita maturidade e sabedoria, todos buscando representar o que era vontade dos bancários. E isso foi feito. A ‘reforma trabalhista’ tornou a conjuntura mais difícil e impactou nossa negociação, mas não o nosso patrimônio construído por tantos anos, a nossa CCT, da qual temos tanto orgulho e zelo.”
E enalteceu também a importância dos sindicatos. “Sempre discutimos que os trabalhadores deveriam definir a forma de financiamento de seus sindicatos e alcançamos isso. Ter sindicatos fortes, em negociação nacional como é a nossa, é importantíssimo. Por isso os bancários comemoram a assinatura desse acordo.
Com a assinatura foram mantidos todos os direitos previstos na Convenção Coletiva, que os bancos propuseram retirar ao longo das mesas de negociação. Além disso, foi garantida a validade da CCT para mais de 90 mil bancários que seriam considerados hipersuficientes.
Quando o trabalhador ganha, a economia se fortalece
Os ganhos dos bancários na Campanha 2018 – dos quase 500 mil trabalhadores de bancos públicos e privados em todo o Brasil – terão forte impacto na economia do país. Somente o reajuste de 5% nos salários da categoria representa acréscimo anual de cerca de R$ 2,5 bilhões na economia. O mesmo vale para os vales alimentação e refeição: um impacto adicional de R$ 384 milhões em um ano.
Em âmbito nacional a PLR conquistada injetará por volta de R$ 7,036 bilhões no mercado, nos próximos 12 meses. Já com a antecipação do pagamento, em 20 de setembro, o será de cerca de R$ 3,190 bilhões. Ao todo, são quase R$ 10 bilhões que saem dos cofres dos bancos para os bolsos dos trabalhadores e, consequentemente, para a economia do país.
Com informações da Contraf-CUT