Aprovado por bancárias e bancários de todo o país, sindicalizados ou não, o acordo de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, deverá ser assinado nesta terça-feira (10), com vigência até a data-base de 2026.
Apenas nove dos 140 sindicatos que realizaram assembleias (online ou presenciais) em todo o país, não aprovaram a proposta.
O documento apresenta avanços em relação à última CCT, como aumento real para o salário e todas as verbas, como vales alimentação (VA), refeição (VR), auxílio creche/babá e participação nos lucros e resultados (PLR) tanto para 2024 quanto para 2025. PLR será paga até o final do mês, para os trabalhadores contemplados pela CCT.
A maioria dos funcionários do Banco do Brasil também aprovaram o acordo, que também será assinado nesta terça-feira (10). Já na Caixa, o ACT foi negado e serão realizadas novas assembleias.
Confira os novos valores na tabela abaixo:
Abaixo, as conquistas sociais da categoria:
Combate ao assédio moral, sexual e outras formas de violência no trabalho
– Reivindicação antiga da categoria, pela primeira vez, os bancos concordaram em incluir explicitamente o termo “assédio moral” nas negociações.
– Ficou estabelecida uma manifestação de repúdio contra qualquer tipo de violência no ambiente de trabalho, reforçando o compromisso com um ambiente seguro e respeitoso.
– Criação de um canal de apoio dedicado às vítimas e de um canal específico para denúncias de assédio e outras formas de violência, incluindo atendimento às bancárias vítimas de violência doméstica.
Mulheres na tecnologia
– Concessão de 3.000 bolsas de curso para capacitar mulheres, pessoas trans e PCDs em programação, a fim de aumentar a representatividade feminina no setor tecnológico, realizado pela Progra{maria}.
– Mais 100 bolsas serão oferecidas para programa intensivo de aprendizagem, voltado para a formação avançada de mulheres na tecnologia, realizado pela Laboratória.
– Ex-bancárias poderão participar dos cursos.
– Indicações para as vagas terão também a participação dos sindicatos de todo o país.
Pessoas com Deficiência (PCDs)
– Concessão de abono de ausência para conserto ou reparo de próteses, garantindo que trabalhadores com deficiência possam atender suas necessidades sem prejuízo.
Prevenção à violência contra a mulher bancária
– Canal de apoio exclusivo e outras medidas específicas para proteger as mulheres bancárias contra violência, garantindo um ambiente de trabalho mais seguro.
Combate à violência contra a mulher na sociedade
– Bancos se comprometem a manifestar publicamente o repúdio à violência contra a mulher, além de disseminar informações e recursos para apoiar a prevenção desse tipo de violência.
Igualdade salarial entre homens e mulheres
– Compromisso com a igualdade salarial entre gêneros
– Adesão ao Programa Empresa Cidadã, garantindo licença-maternidade de 180 dias e licença-paternidade de 20 dias
Mudanças climáticas e calamidades
– Em caso de desastres naturais ou outras calamidades, será garantida a criação de um Comitê de Gestão de Crise, quando solicitado pelo Comando Nacional dos Bancários.
– O comitê terá a autorização prévia para tomar decisões necessárias que assegurem a proteção e os direitos dos bancários atingidos.
– Implementação de medidas trabalhistas específicas durante situações de calamidade para assegurar vida e o bem-estar dos trabalhadores.
Censo da categoria 2026
– A Fenaban se comprometeu a planejar em 2025 e realizar até o final de 2026 uma nova edição do Censo da Diversidade do Setor Bancário, para mapear e promover a diversidade no setor.
Inteligência artificial e requalificação
– Iniciativas de requalificação profissional para adaptar a força de trabalho às novas demandas tecnológicas.
LGBTQIA+, com destaque para pessoas transgênero
– Os bancos reforçam seu repúdio à discriminação e garantem o uso do nome social para pessoas transgênero, antes mesmo da obtenção do registro civil, promovendo um ambiente de trabalho inclusivo.
*Fonte: Contraf-CUT