Noticiário nacional envolve diretoria do Banco do Brasil em escândalos de provável quebra de sigilo de clientes e ex-funcionários do banco.
A Contraf-CUT lamenta os últimos episódios que tomaram conta do noticiário nacional envolvendo a diretoria do Banco do Brasil em escândalos de provável quebra de sigilo de clientes e ex-funcionários do banco.
“Não é isso que se espera de um banco, sobretudo de um banco público. A maior preocupação da Contraf-CUT é que o BB tem feito uma administração nos últimos anos com foco nos gestores dos altos cargos, com altos salários, que se cacifam e deixam o banco para atuar no mercado financeiro. A cúpula está focada em si mesma”, critica o secretário de Formação da Contraf-CUT e funcionário do banco, William Mendes.
Sem contar, ressalta o dirigente da Contraf-CUT, que o BB tem liderado os rankings de instituições que recebem reclamações de clientes, como o Procon, por práticas bancárias irregulares, como fornecimento de crédito sem assinatura de cliente, abertura de contas bancárias sem autorização e pela prática da venda casada. “E mais, vem crescendo o passivo trabalhista do banco, por não respeitar leis trabalhistas como, por exemplo, a jornada dos bancários de seis horas”, afirma William.
O BB precisa corrigir seu foco equivocado de gestão e assumir seu papel de banco público, avalia William. “O papel do BB é contribuir com o desenvolvimento sustentável da economia, com distribuição de renda. O seu foco deve ser social, fomentar crédito para produção, atuar como balizador do spread e das tarifas bancárias, ajudando os pequenos e médios produtores”, ressalta o dirigente da Contraf-CUT.
“Não é de hoje que o movimento sindical tem denunciado o desvio de foco do BB. Se por um lado, não vemos o banco aumentar o crédito produtivo, ser o indutor no mercado de redução de spread e tarifa e ser o banco de menor passivo trabalhista; por outro, vemos o banco vez por outra envolvido em denúncias de irregularidades, gestores saindo da empresa e levando toda a expertise para o mercado. Isso vem acontecendo desde 2007, quando o BB gastou R$ 1 bilhão em um programa de afastamento, perdendo 7 mil gestores de alto escalão. Esperamos que o governo federal mude o foco do banco para um modelo social e ético que a sociedade precisa”, avalia William.
Previ
Enquanto a alta cúpula do BB vem dando maus exemplos de gestão pública, a gestão paritária da Previ prova que onde há a participação dos trabalhadores a gestão ganha qualidade. “A Previ se tornou o maior e mais sólido fundo de pensão da América Latina e isso é resultado da gestão paritária, em vigor desde 1990. Independentemente dos presidentes que passam pela Previ, a participação contínua dos trabalhadores não permite que ela saia do seu foco”, avalia William.
Fonte: Contraf-CUT,
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