Contraf-CUT retoma negociação permanente com a Caixa nesta quinta

Estarão em discussão os desdobramentos de assuntos que foram contemplados no novo Acordo Coletivo Aditivo assinado entre as entidades sindicais e o banco.

Concluída a Campanha Nacional dos Bancários 2012, a Contraf-CUT, federações e sindicatos retomam nesta quinta-feira, dia 8, às 14h30, em Brasília, as negociações permanentes com a Caixa Econômica Federal. Estarão em discussão os desdobramentos de assuntos que foram contemplados no novo Acordo Coletivo Aditivo assinado entre as entidades sindicais e o banco.

Entre os pontos de destaque estão o curso EAD para designado/Cipa e o início do debate sobre Saúde Caixa. O aditivo prevê a criação de um grupo de trabalho para avaliar o tema.

Em relação às promoções dos empregados, um dos itens objetivos no processo de avaliação por mérito é a realização do curso da Universidade Caixa. “Antes da Campanha Nacional de 2012, os empregados precisavam cumprir 100 horas e com a mobilização conseguimos reduzir para 70 horas de curso. Mas o que está acontecendo hoje é que, por uma falha do sistema da Caixa, os bancários não estão conseguindo realizá-las. Não é possível que os empregados sejam prejudicados por problemas técnicos do banco”, critica Plínio Pavão, diretor executivo da Contraf-CUT.

Outra conquista da mesa específica foi a garantia de seis horas por mês dentro da jornada para realização de capacitação pela Universidade Caixa. “Foi uma conquista, mas ainda precisamos regulamentar este direito. Portanto, o ponto deve retornar para a mesa permanente”, salienta o dirigente sindical.

Tesoureiros

Os tesoureiros enfrentam condições desumanas de trabalho e até agora a Caixa não apresentou nenhuma solução. O banco, ao criar o Plano de Funções Gratificadas (PFG) em 2010 para substituir o antigo PCC, resolveu diminuir de 8 horas para 6 horas a carga horária de trabalho das funções técnicas, mas manteve o tesoureiro, antigo técnico de operações de retaguarda TOR, com jornada de 8h.

“Ao contrário do que defende o movimento sindical, o banco não o considerava como função técnica. Como a maioria das unidades possui apenas um tesoureiro, eles são os primeiros a entrar e os últimos a sair. Portanto, mesmo fazendo 8h, são obrigados a extrapolar a jornada todos os dias, quase sempre além do limite legal e na maioria das vezes não as registrando. O excesso de tarefas é gigante e as pessoas estão no limite”, denuncia Jair Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora o Contraf-CUT nas negociações.

Outro ponto que piorou as condições dos tesoureiros foi o fato de a Caixa ter colocado esses empregados como responsáveis pelo novo projeto, o “Bela Agência”.

Para o coordenador da CEE/Caixa, “a iniciativa do projeto é boa. A Caixa destina uma verba para que as agências contratem serviços de manutenção de pequena monta diretamente, sem depender da área de logística, simplificando o processo. O problema é que sobrecarregou ainda mais esses empregados com atividades que não dizem respeito a sua função, como levantamento das condições da agência, tais como problemas de vazamento, de jardinagem, com móveis e equipamentos, pintura, piso danificado etc”.

“O problema dos tesoureiros foi um dos pontos centrais da negociação com a Caixa na Campanha, e a mobilização de todos, inclusive com grande participação desses colegas, forçou a Caixa a mudar o seu entendimento e incluir no acordo uma cláusula em que assume vários compromissos para solucionar essa grave situação. Estamos pautando o tema na mesa permanente para pressionar a Caixa a cumprir a cláusula dentro dos prazos previstos”, acrescenta Jair.

Dias de greve

A Caixa está descontando um dia de trabalho dos salários dos empregados pertencentes às bases sindicais que permaneceram em greve no dia 28 de setembro, além dos casos em que aconteceram protestos e paralisações anteriores à greve.

“Nossa reivindicação é de que esses dias não sejam descontados, mas tratados na forma prevista na convenção coletiva para o período de greve da categoria como um todo. A paralisação é um direito do trabalhador e cada base sindical tem autonomia para acatar ou não proposta formulada pela direção da empresa, mesmo que haja orientação do Comando Nacional para aceitação”, afirma Plínio.

Fonte: Contraf-CUT


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