A reunião entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) terminou, mais uma vez, sem acordo. As propostas dos bancos foram rejeitadas, na décima rodada de negociações, realizada nesta terça-feira (27).
A entidade propôs reajuste de 90% do INPC, o que resultaria em perda salarial de 0,38%. Já a segunda proposta era de 100% do INPC nos salários e demais verbas (portanto, de ganho real zero), somente em janeiro de 2025. Com essa proposta, a antecipação da participação nos lucros e resultados (PLR) ocorreria sem reajuste.
De acordo com a coordenadora do comando e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, não há nenhuma possibilidade de defender um acordo sem aumento real, imagine ainda um acordo com prejuízos à categoria.
“Com essa proposta de reajuste zero e deixando de aplicar o reajuste em setembro, mas somente em janeiro, os bancos retirariam do bolso das trabalhadoras e trabalhadores R$ 1,2 bilhão, considerando salários, segunda parcela do 13º, vale alimentação e vale refeição e antecipação da PLR”, explicou Juvandia.
Para esta quarta-feira (28), quando se comemora o dia do bancário, está programado o Dia Nacional de Luta da categoria. O Comando também informou que haverá assembleias no dia 4 de setembro, antecedidas de plenárias, a partir das 18h, para que a categoria avalie propostas ou os rumos das mobilizações.
O Comando Nacional estará em São Paulo para as negociações até sexta-feira, prazo para os bancos apresentarem uma proposta decente. As negociações vão continuar nesta quarta-feira, a partir das 10h.
*Fonte: Contraf-CUT