Minuta de reivindicações foi aprovada na 14ª Conferência Nacional dos Bancários.
O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, entrega nesta quarta-feira, dia 1º de agosto, às 15h, a minuta de reivindicações da Campanha 2012 para a direção da Fenaban, em São Paulo. A pauta foi aprovada no último domingo, dia 22, na plenária final da 14ª Conferência Nacional, em Curitiba, com participação de mais de 600 delegados e delegadas de todo país.
Na pauta estão demandas da categoria, como o reajuste de 10,25% (inflação mais 5% de aumento real), piso igual ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416), PLR equivalente a três salários mais R$ 4.961,25 fixos, além do fim da rotatividade e mais contratações, fim das metas abusivas e combate ao assédio moral, mais segurança e igualdade de oportunidades.
Antes da entrega da minuta, ocorre uma reunião preparatória do Comando Nacional, às 10h, na sede da Contraf-CUT.
Negociações
As duas primeiras rodadas de negociação com os bancos já estão marcadas: a primeira nos dias 7 e 8 de agosto e a segunda, nos dias 15 e 16.
Na véspera da primeira rodada, no dia 6, acontece um seminário do Comando Nacional, também na sede da Contraf-CUT, visando preparar as negociações com os bancos.
Participação e democracia
“A pauta de reivindicações foi uma construção participativa e democrática em todo o país que passou por assembleias, consultas dos sindicatos junto aos bancários, encontros estaduais, conferências regionais e a 14ª Conferência Nacional, aprofundando a unidade nacional da categoria”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.
Unidade e mobilização
“Os balanços já divulgados do primeiro semestre mostram que os bancos continuam lucrando muito, apesar do terrorismo com a sociedade e das altas provisões para devedores duvidosos”, avalia Cordeiro.
“No entanto, mesmo com os lucros gigantescos apurados, os bancos seguem praticando a maldita rotatividade, que é uma violência contra o emprego e só existe no Brasil. Além disso, mais instituições fecharam postos de trabalho, o que revela uma falta de compromisso com o desenvolvimento do país e a inclusão social”, aponta o dirigente sindical.
“Como se não bastasse, as condições de trabalho são precárias nos bancos, com metas abusivas, assédio moral, insegurança e discriminações, provocando o adoecimento de milhares de bancários”, salienta.
“Por isso, vamos intensificar a mobilização em todo país, dialogar com a sociedade e mostrar a força da unidade nacional para buscar novas conquistas econômicas e sociais. Os bancos não têm motivos para recusar as reivindicações da categoria”, conclui o presidente da Contraf-CUT.
Principais reivindicações da categoria
> Reajuste salarial de 10,25%, o que significa 5% de aumento real acima da inflação projetada de 4,97% nos últimos 12 meses.
> PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos.
> Piso da categoria equivalente ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416,38).
> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
> Auxílio-educação para graduação e pós-graduação.
> Auxílio-refeição e vale-alimentação, cada um igual ao salário mínimo nacional (R$ 622,00).
> Emprego: aumentar as contratações, acabar com a rotatividade, fim das terceirizações, aprovação da Convenção 158 da OIT (que inibe demissões imotivadas) e universalização dos serviços bancários.
> Cumprimento da jornada de 6 horas para todos.
> Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral para preservar a saúde dos bancários.
> Mais segurança nas agências e postos bancários.
> Previdência complementar para todos os bancários.
> Contratação total da remuneração, o que inclui a renda variável.
> Igualdade de oportunidades.
Fonte: Contraf-CUT
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