Estiveram reunidos na última sexta-feira (15), na sede do banco Bradesco, na Cidade de Deus, os representantes da COE (Comissão de Organização dos Empregados), no Grupo de Trabalho sobre o Ponto Eletrônico e Trilha, além de representantes do banco. Na ocasião, os representantes dos trabalhadores conheceram o programa ‘Trilha’, que se encontra disponível na INTRANET do banco.
Entre os representantes da COE estavam, Malu, Fetec/SP; Nilcéia – Fetec/PR; Lourival – Feeb/SP; Geraldo – Fetrafi/MG; e o coordenador da COE, Gheorge Vitti. Para representar o banco, estiveram presentes Eduara e Priscilla da área de relações sindicais, Elka, do recrutamento/UNIBRAD, e Alessandra, da área de gestão de pessoas.
O GT foi proposto em rodadas de negociações anteriores, com o objetivo de aprofundar os temas específicos.
Segundo o banco, o Trilha faz parte da política de carreira no Bradesco, lingando várias áreas, com o intuito de estimular a auto-gestão e o autodesenvolvimento do empregado. Faz parte do programa cursos presenciais e a distância, que vão desde competências corporativas, ao Treinet. Todos ficam disponíveis em um prontuário virtual do empregado que formam critérios para concorrerem a vagas e oportunidades nas áreas comerciais, administrativas/operacional, técnico e corporativo.
Ainda de acordo com o banco, o programa faz parte do PDI – Plano de Desenvolvimento Pessoal, e está acessível a todos, bastando para isso o empregado se inscrever na área de afinidade, fazer os cursos, direcionar a área e cargo que quer concorrer, além de incluir os cursos e certificados que possui, ou seja, se colocando à disposição.
Quando o empregado se inscreve para concorrer à vaga, não precisa da permissão do gestor. O banco também faz triagens e também pode convidar o empregado para a seleção de vagas, quando este achar que o mesmo tem o perfil para a ocupação da vaga. Segundo o banco é feito o ‘feedback’ para todos que concorrerem a vaga, tendo êxito ou não.
“Assistimos à apresentação do programa, porém ainda o mesmo é pouco difundido dentro das agências, pois, só verificando o seu funcionamento no dia a dia é que teremos parâmetros para saber se é exitoso”, ressaltou Malu, dirigente sindical da Fetec/SP.
Segundo o coordenador da COE, Gheorge Vitti, outra preocupação levantada é em relação aos critérios de desempate, que segundo o banco finaliza com a entrevista. “É importante haver objetivos mais claros para a ascensão na carreira, porém ainda insistimos na construção de um PCCS com regras transparentes, para que o bancário possa, de forma organizada, saber até onde ele pode trilhar dentro do banco até a sua aposentadoria”, explicou Vitti.
Para os representantes dos trabalhadores também há a preocupação daqueles que não se efetivarem na vaga sofrerem perseguição no retorno à agência, que segundo o banco, os mesmos podem usar os canais internos de denúncia se ocorrer. Para isso ressaltamos os canais de denúncia existentes que estão disponíveis junto aos sindicatos de bancários em todas as regiões do país. “O bancário ou bancária que se sentir perseguido deve entrar em contato com o Sindicato que o represente”, pontuou Nilcéia, dirigente sindical da Fetec/PR.
Ponto Eletrônico
Em reuniões anteriores, foi cobrado pela COE que o ponto tivesse apenas um login por funcionário na estação/terminal de trabalho, vinculado ao Ponto Eletrônico.
Segundo Willian, um dos gerentes do banco responsável pela implantação do sistema, o projeto prevê que até 2017 esteja rodando em todas as agências. As agências que eram do HSBC, bem como a marcação de ponto dos trabalhadores, já começam a receber os relógios de marcação de ponto igual aos do Bradesco, e de forma gradativa será preparado para a integração que ocorrerá em 7 de outubro de 2016.
“Há diferenças entre a marcação de ponto entre os funcionários do Bradesco e dos oriundos do HSBC, sendo que a preocupação não se refere ao do sistema que será, mas sim sobre a real marcação da jornada de trabalho dos empregados, para que se possa evitar eventuais desvios”, alertou o dirigente sindical da Fetrafi/MG, Geraldo.
Na oportunidade, os membros do GT puderam visitar e conhecer uma das cinco agências onde está acontecendo o piloto. Foram feitos testes com o terminal e relógio de ponto de empregados. Para o Gerente Administrativo, o sistema se mostrou eficiente no tocante a não possibilitar o login de mais de uma estação/terminal, e também em relação a marcação do ponto no relógio, do qual após passar o cartão para dar a saída ou almoço, não permite abrir o terminal/estação de trabalho.
“A tecnologia tem que estar à disposição do ser humano, e nesse caso também para garantir que não haja distorções no horário de entrada e saída do trabalhador, evitando inclusive que o mesmo possa trabalhar com o ponto batido”, explicou Lourival, dirigente do Feeb/SP.
O projeto ainda prevê alcançar os PABS e PA’ s. “É um avanço para nós está vinculação, pois, além de termos cobrado para que isso acontecesse, dará segurança no dia a dia na agência, não deixando que o bancário (a) sejam prejudicados com eventuais distorções de jornada, e de trabalhar de forma coercitivamente com o ponto batido”, finalizou Gheorge Vitti.
Próxima Reunião
A próxima reunião com o Bradesco acontecerá no dia 26 de julho, na sede do banco. Na manhã, será a vez do GT Retorno ao Trabalho, e à tarde, os representantes dos trabalhadores debaterão sobre a Cláusula 57.
Fonte: Contraf-CUT