A cultura ocidental tem uma relação difícil com as lágrimas. Nos fazem parecer vulneráveis, ainda que também sensíveis, e com certo temperamento dramático.
Algumas correntes científicas sustentam que o pranto tem um efeito relaxante e que ajuda a eliminar as substâncias químicas estressantes.
As lágrimas ajudam a fortalecer relações. Se várias pessoas choram juntas, criam vínculos entre elas. Mas tal comportamento não seria eficiente nos ambientes de trabalho, onde se exige que ocultemos emoções.
Uma pesquisa da Universidade de Alcalá de Henares, próxima a Madri, concluiu que existem 465 emoções distintas no choro. Admiração, ira, aflição, angústia, ansiedade, confusão e arrependimento são as mais comuns. Todas se resumem a duas possibilidades: choramos para pedir ajuda ou para oferecê-la.
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Freud foi o primeiro a dizer que chorar era libertador. Muitos anos depois, descobriu-se que a repressão ao pranto provocava o surgimento de transtornos de ansiedade, úlcera ou asma.
Os indivíduos que não exteriorizam seus sentimentos são mais propensos a experimentar angústia e tensão. A repressão ao pranto também afeta o estado de ânimo.
O choro traduz um controle das emoções negativas, produzindo um efeito calmante sobre o organismo. Quando o choro irrompe, depois de uma situação desagradável, o período de calma que se segue supera o de estresse.
Está comprovado que as mulheres choram quatro vezes mais do que os homens. Segundo pesquisa alemã, entre meninos e meninas, a frequência do pranto é similar até os 13 anos. Enquanto os homens encontram motivos para chorar entre 6 e 17 vezes ao anos, as mulheres choram de 30 a 64 vezes no mesmo período. Além disso, cada episódio de choro feminino dura mais tempo que o masculino: 6 minutos contra 4.