CEF: proposta quer encarecer Saúde Caixa e banco não quer discutir PLR

 

Durante a rodada de negociação desta quinta-feira (27), a direção da Caixa Econômica Federal apresentou proposta para encarecer o Saúde Caixa. A sugestão apresentada visa tornar o plano mas custoso para o trabalhador.

 

“A direção da Caixa, quando os empregados estão na linha de frente do atendimento a população que mais precisa de amparo, em meio à uma pandemia, quer encarecer o plano de saúde dos trabalhadores. A proposta não contempla os empregados. Quem possui três dependentes vai pagar quase 5,2% de mensalidade no plano de saúde, fora a coparticipação. O argumento da Caixa da necessidade de cumprir o Acordo de Basileia não pode justificar que este ônus seja transferido aos empregados”, acredita Leonardo Quadros, diretor da Apcef-SP e da Fetec-SP e que participou da mesa de negociação.

 

O banco propõe a manutenção da proporção 70/30 por um ano, com a Caixa arcando com a diferença caso os gastos ultrapassem o teto de 6,5% da folha. Entretanto, querem que a mensalidade suba para 3,7% da remuneração do titular mais 0,5% por dependente. Além disso, a coparticipação iria para 30% por procedimento, com teto de R$ 2.870,00 por usuário.

 

No caso da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), a direção da Caixa propôs que o pagamento seja feito com base na modalidade aplicada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). “Os empregados estão arriscando a saúde para realizar o pagamento do auxílio emergencial, em meio à uma pandemia. É a PLR Social que remunera os empregados justamente por estes serviços sociais, que só a Caixa executa. Não abrimos mão desta conquista”, comentou Dionísio Reis, membro da CEE/Caixa.

 

A direção do banco estatal se recusa em debater a PLR Social, o que representa uma perda de direitos. “A retirada de direitos não pode ser a ‘recompensa’ para a ‘família Caixa’, como foram chamados os trabalhadores do banco pelo presidente Pedro Guimarães, em lágrimas. É inadmissível. Um ultraje”, concluiu Reis.