Sindicato de Niterói e Região reivindicará ao Comando Nacional antecipação das negociações de 2006. O presidente do Sindicato, Jorge Antônio (foto), alerta que há questões urgentes que precisam ser resolvidas e lembra que as eleições presidenciais poderiam tirar a atenção da sociedade para a luta dos bancários.
O Sindicato dos Bancários de Niterói e Região, fiel à sua tradição de luta, das mais efetivas e respeitadas em todo o Brasil, saiu na frente mais uma vez. A diretoria decidiu lutar pela antecipação da Campanha Salarial 2006, tendo em vista os crescentes lucros dos bancos e o aumento de pressão das metas, que geram aumento do assédio moral nas agências. O Sindicato tem realizado manifestações nas agências contra o assédio moral, além da remuneração incoerente com o excesso de trabalho e responsabilidades. Tudo isso tem gerado doenças e desvio de função.
A antecipação da campanha já havia sido proposta do Sindicado no ano passado, mas a idéia não sensibilizou a Executiva Nacional dos Bancários, que não implementou a mobilização. Em 2005, a Executiva foi ampliada e passou a ser chamada de Comando Nacional dos Bancários. Isso abre perspectiva para aceitação da proposta de Campanha Salarial-Já!
O presidente do Sindicato, Jorge Antônio (HSBC) lembra que 2006 é ano de eleições legislativas, executivas e sindicais (Federação RJ-ES, CNB, CUT-RJ e CUT Nacional), além de estar em curso a criação da Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), sem contar com a Copa do Mundo.
“Tudo isso pode prejudicar as negociações gerais e específicas no segundo semestre. Por isso, mais que nunca, é importante a antecipação da campanha”, comentou o presidente.
Em clima de campanha antecipada, foram realizadas manifestações com esquetes teatrais, e distribuição de cartilha sobre assédio moral.
O próximo passo será um encontro dos bancários da base, provavelmente, no dia 18 de março, em Niterói.
Denúncias
O Sindicato recebeu de bancários denúncias de assédio moral no Bradesco e em outros bancos. “Justamente o Bradesco, maior banco privado da América Latina, é o responsável pelo maior número de denúncias em nossa base”, disse Héber Mathias (foto), que representa a Federação dos Bancários dos Estados do Rio e Espírito Santo na Comissão de Empresa do banco (COE-Bradesco). Tudo está sendo apurado e pode até chegar à Justiça.
O assédio moral no trabalho é um fenômeno tão antigo quanto o próprio trabalho. Mas ultimamente esse problema tem sido intensificado e banalizado, ampliando-se a níveis epidêmicos em todos os setores, particularmente nos bancos.