Ato em Niterói e São Gonçalo marca o início das negociações e o Dia do Bancário, com distribuição de bolo a clientes (foto) e carta aberta à população. Na mesa de negociação, banqueiros nem quiseram discutir o reajuste.
O Dia do Bancário, 28 de agosto, foi marcado pelo Sindicato com uma bem-humorada manifestação no principal corredor financeiro de Niterói, a Avenida Amaral Peixoto, onde houve distribuição de bolo aos clientes, banda de música e um esquete com atores da Companhia Emergência Teatral. O ato atraiu a imprensa e também marcou o início da Campanha Salarial 2007. Dia 13, a manifestação aconteceu em São Gonçalo.
Em Niterói, a principal agência do Banco do Brasil atrasou por uma hora sua abertura. Com o auxílio de carro de som, os sindicalistas distribuíram carta aberta à população denunciando que os banqueiros exploram os trabalhadores para alcançar os lucros recordes, sem atender às justas reivindicações e impondo tarifas abusivas aos clientes, cobrando por tudo, além dos juros cada vez mais astronômicos.
Nas apresentações teatrais, os banqueiros foram representados por “dragões” que corriam atrás do lucro, que era carregado nas costas de um bancário em trajes já esfarrapados.
No final da manifestação, em frente ao Itaú, na esquina da Avenida Amaral Peixoto com a Rua Barão de Amazonas, o Sindicato repartiu o bolo dos bancários com a população niteroiense, também ao som da banda de música.
A diretoria do Sindicato planeja organizar manifestações semelhantes em outras cidades da base territorial da entidade, que abrange 16 municípios, de Niterói e Rio das Ostras.
Na mesa de negociação, banqueiros nem quiseram discutir o reajuste
Já aconteceram três rodadas de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). No dia 5 foram discutidas as cláusulas econômicas, como reajuste, PLR, auxílio-refeição, cesta-alimentação e bolsa-educação, mas a discussão ficou concentrada nos dois primeiros temas.
Os banqueiros, no entanto, não apresentarem índice para aumento salarial nem quiseram discutir o reajuste reivindicado.
Tratou-se principalmente da PLR: o comando foi firme na proposta de distribuição de 15% do lucro mais R$ 3.500 fixos em todas as instituições financeiras que apresentarem resultado positivo.
A primeira rodada foi dia 30, sobre saúde, assédio moral, segurança e mesas temáticas. A terceira foi dia 13, sobre emprego e condições de trabalho.