A Comissão Executiva de Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e a direção do banco irão se reunir na próxima sexta-feira (07) para debater as reivindicações definidas na minuta elaborada no 36º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), realizado em julho. São três eixos centrais em pauta: Defesa da Vida (Democracia; Empresas Públicas; Bancos Públicos e Defesa da Caixa 100% Pública), Saúde (Saúde e Condições de Trabalho; Saúde Caixa e Funcef) e Direitos (CCT e ACT e Contratações).
No primeiro encontro, ao passo do que acontece na Campanha Nacional dos Bancários 2020, também debaterá o teletrabalho. “Não sabemos até quando se dará a pandemia. Mas, hoje da forma que está ocorrendo na Caixa o teletrabalho não é bom para o trabalhador. Não existe jornada, as metas são abusivas, não tem ergonomia, dentre outras irregularidades”, apontou Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da CEE/Caixa.
Importante frisar que o trabalho remoto já vinha sendo avaliado pelo banco, inclusive com um plano piloto montado no ano passado. Em junho, o presidente da Caixa Pedro Guimarães disse que a instituição deve expandir o programa de trabalho remoto após a pandemia.
“Vamos continuar defendendo o home office na pandemia para defender a vida. Mas após esse período vamos ter que fazer uma grande discussão com os bancos. Precisamos discutir jornada, os equipamentos, quem será responsável pela compra dos equipamentos, estruturas, tudo isso precisa regulamentar. Não podemos deixar nas mãos dos bancos”, defendeu o secretário de Finanças da Contraf-CUT e presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto.
Vale lembrar que, em 2017, a Reforma Trabalhista regrou o teletrabalho, mas terminou beneficiando as empresas ao transferir os custos dos empregadores para os trabalhadores, dentre outros problemas.