Na Mesa de Negociação Permanente, realizada na última sexta-feira (15), a Caixa Econômica Federal garantiu que não haverá perdas financeiras. O banco apresentou, durante o encontro, o processo de reestruturação ou reposicionamento, como vem sendo denominado.
Com a apresentação do processo pelo banco, a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) fez um alerta de que a fusão de agências poderia gerar prejuízos para caixas e tesoureiros minuto e por prazo, realocados no caso de substituição pelos efetivos de unidades fechadas.
A Caixa justificou a decisão alegando que precisa se adequar à realidade porque os clientes passaram a utilizar com maior frequência os canais digitais, resultando em baixo volume de atendimentos nas agências.
O processo foi criticado pelo coordenador da CEE, Felipe Pacheco, já que foi colocado em prática sem negociação com a representação dos empregados.
A diretora da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Eliana Brasil, disse que o problema vem se repetindo e que é necessário que a mesa de negociação seja valorizada.
Já o representante da Federação das Trabalhadoras e dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro (Federa-RJ), Rogério Campanate, observou que é preciso haver uma comunicação efetiva antecipada, por parte da caixa, às representações dos trabalhadores, antes de colocar em prática essas mudanças.
A Caixa respondeu se desculpando e garantindo que ninguém será prejudicado financeiramente e que a mesa de negociações será valorizada, com o banco chamando sempre para apresentação prévia de mudanças antes de elas serem feitas.
Serão extintas 52 agências no país e 23 postos de atendimento bancário. mas a Caixa disse que está assegurando vagas a todos de agências que serão fechadas.
*Fonte: Contraf-CUT com informações da Imprensa Seeb Rio
*Fotos: Nando Neves/Seeb Rio