Trabalhadores da Caxa Econômica Federal, em carta aberta divulgada nesta semana, mostraram a importância da instituição sobretudo no momento de pandemia e defenderam que o banco siga 100% público. De acordo com o texto, mais da metade da população brasileira procurou a instituição nos últimos meses em busca do auxílio emergencial, seguro desemprego e/ou FGTS.
O texto foi assinado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), pela Federação Nacional das Pessoas pela Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e pelo Comitê de Defesa da Caixa. O documento lembra que os bancários também estão expostos ao perigo do Coronavírus.
“Empregados que estão expostos à doença de forma exponencial por conta das aglomerações (apesar da adoção de medidas protetivas negociadas com os movimentos de representação). E que não só se expõem, mas também deixam vulneráveis as suas famílias”, lembra.
No documento, os bancários relatam cobranças por metas e exigem respeito. “Apesar disso, a direção do banco não trata o funcionário com respeito. “O empregado necessita de respeito da própria direção da empresa. Não dá para se fazer o melhor trabalho com jornadas estafantes de atendimento, pressão e sendo cobrados de hora em hora com metas absurdas. Não dá pra se atender melhor com sistema que oscila o dia inteiro e que consequentemente aumenta o tempo de espera gerando críticas e ofensas das pessoas que estão no desespero de receber um recurso que seja”, exigem. “Os empregados querem condições dignas para trabalhar! Devem e merecem ser valorizados”, completa.
Os funcionários enaltecem o papel do banco público no contexto vivido. “O que seria o país, nessa calamidade, seria uma caixa não mantida pública ao longo de tantos anos? Se seus empregados, ontem e hoje, ao lado das entidades que representam, não lutam para impedir a venda e a privatização da instituição? Quem, neste momento, está efetuando tão árdua tarefa? ”
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