Caixa e trabalhadores discutem propostas sobre benefícios

Na reunião desta quinta-feira (29), os representantes da Caixa Econômica Federal levaram para a mesa de negociações propostas para cláusulas de benefícios.

Segundo o diretor da Contraf-CUT e coordenador da CEE/Caixa, Rafael de Castro, “ainda existem diversas demandas não respondidas, mas a mesa de negociações com a Caixa caminha com espaço para novos avanços, que esperamos ter resposta o quanto antes”.

Entre as propostas já negociadas está a questão da agência barco. A Caixa aceita ampliar o pagamento do auxílio embarcação concedido às empregadas e empregados que trabalham em agências barcos também para aqueles que atuam em embarcações de empresas parceiras, como dos Correios e da Marinha.

Na questão do vale-transporte será incluída uma cláusula para que os empregados que não conseguem utilizar o vale-transporte por não haver transporte público entre sua residência e o trabalho, possam ter o valor gasto com o deslocamento reembolsado, descontados os mesmos 4% do salário bruto, conforme previsto no ACT.

Em relação ao auxílio-calamidade, o banco atendendo aos trabalhadores, vai utilizar a experiência bem-sucedida do auxílio calamidade obtido pelos empregados no Rio Grande do Sul para ampliar os cuidados com o quadro de pessoal da Caixa.

No quesito férias, a Caixa acatou a reivindicação dos empregados para que o adiantamento do pagamento de férias seja opcional de cada empregado.

Quanto à Licença maternidade/paternidade, o banco apresentou proposta para ampliar a equidade parental, para que os pais e mães dividam mais equanimemente as responsabilidades com os cuidados com o bebê recém-nascido. A proposta ainda precisa ser melhor analisada pela representação dos empregados.

Redução de jornada

Na noite desta quinta-feira (29), a reunião entre os representantes da Caixa e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) foi retomada. Os trabalhadores cobraram uma proposta para garantir o direito de redução da jornada dos empregados que forem pessoas com deficiência (PcD), ou responsáveis por PcDs.

A Caixa ressaltou que é necessário seguir o fluxo de acolhimento do pedido, com análise de equipe multidisciplinar, com diversos desdobramentos para o abono de até 25% da jornada, sem redução salarial, e também para a concessão do trabalho remoto.

Em relação aos responsáveis pelos cuidados de PcDs, depois das ausências já constantes na CCT seria concedido o abono da jornada, podendo utilizar as horas de acompanhamento médico.

A CEE informou que a proposta será analisada e que retomará as negociações nesta sexta-feira (30).

*Fonte: Contraf-CUT