A Caixa Econômica Federal comemora, neste domingo (12), 164 anos de existência.
Criado em 1861, o banco é responsável pelo pagamento do FGTS, do Bolsa Família, do Seguro Desemprego, do abono salarial, além de fazer a gestão das Loterias, do Minha Casa, Minha Vida, e de muitos outros programas de benefícios sociais do Governo Federal.
Rafael de Castro, diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, ressaltou que o papel de fomento ao desenvolvimento e de controle da economia da Caixa é essencial.
Em novembro do ano passado, a Caixa divulgou balanço dos nove primeiros meses de 2024. Neste período (janeiro a setembro), o banco pagou R$ 310,5 bilhões em benefícios sociais.
Foram atendidas 22,3 milhões de famílias pelo Programa Bolsa Família, com R$ 121,8 bi pagos no período. Outros R$ 115 bi foram pagos com benefícios do INSS, R$ 40,1 bi de Seguro Desemprego, R$ 24,5 bi de Abono Salarial e R$ 9,1 bi de outros benefícios.
Além disso, em julho de 2024, a Caixa era responsável por 70% dos financiamentos imobiliários do país.
Porém, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mesmo fazendo todos os atendimentos que os bancos privados não realizam, a Caixa foi o banco, entre os cinco maiores (Caixa, BB, Itaú, Bradesco e Santander), com o segundo maior crescimento do lucro (+21,6%), na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Do final de 2014 a setembro de 2024, houve uma redução de 18% do quadro de pessoal da Caixa, uma queda de 101.500 empregos no final de 2014 para 83.640 em setembro de 2024. Uma redução de 17.860 postos de trabalho.
Para Rafael, é preciso agilidade na correção dos rumos para que no aniversário da Caixa do ano que vem, seja possível comemorar o retorno de milhões de clientes que evadiram do banco, seja por essa falta de recursos, seja pelo atraso tecnológico.
“Que a Caixa enxergue que investir em qualidade de atendimento e na valorização de seus empregados é transformar a empresa em um ambiente saudável, que as pessoas querem estar para fazer negócio”, concluiu o coordenador da CEE/Caixa.
*Fonte: Contraf-CUT