Bradesco transforma agências em unidades de negócios e deixa funcionários e usuários sem segurança

 

O Bradesco prossegue com a transformação de agências convencionais em unidades de negócios. Estima-se que das 40 agências existentes na base do Sindicato dos Bancários de Niterói e região, cerca de 25 mudariam o foco de trabalho.

 

A mudança é encarada com muita seriedade e resistência pelo Sindicato, uma vez que a política adotada pelo banco acarretará em diversas demissões. As novas unidades de negócios privilegiam apenas as áreas comerciais e colocam fim nos setores operacionais e administrativos do banco.

 

Com isso, caixas, tesoureiros e outros funcionários serão demitidos em pleno caos econômico que o país vive.

 

Mesmo com lucros altíssimos, o Bradesco manteve o fechamento de mais de 1.100 agências, além da transformação de outras em unidades de negócios. Nos últimos meses, o banco promoveu uma série de demissões imotivadas em plena pandemia da Covid-19. Na região, mais de 70 bancários foram demitidos. Alguns deles já reintegrados graças a atuação do Sindicato através do jurídico e dos escritórios de advocacia que assessoram a entidade.

 

Outra preocupação iminente da diretoria do Sindicato é a exposição dos bancários e usuários à falta de segurança. Além da segurança, a integridade física dos bancários também fica ameaçada perante aos usuários do banco. No novo formato estas unidades passam a operar sem vigilantes e portas de segurança.

 

A lei 7.102 prevê que as agências bancárias devem possuir todos os itens de segurança para ter a autorização de funcionamento pela Polícia Federal. Acontece que o Bradesco alega que as unidades de negócios não trabalham com numerários, ou seja, dinheiro.

 

Porém, o banco se esquece de que a grande maioria dessas novas agências possuem caixas eletrônicos. Além do mais, outro questionamento do movimento sindical é em relação à segurança dos funcionários, uma vez que os bandidos desconhecem a informação sobre ter ou não ter dinheiro nas agências.

 

Na avaliação dos representantes dos trabalhadores, a medida empurra os bancários, clientes e usuários destas unidades a ficarem largados à própria sorte, sujeitos a serem vítimas de assaltantes a qualquer momento, haja vista que, independentemente do formato, banco é banco, e sempre estará na mira de bandidos.