O Bradesco havia informado que os funcionários que fossem comunicados da sua demissão sem justa causa, no período entre 21 de setembro e 30 de novembro, teriam os planos de saúde e odontológico mantidos por seis meses além do que prevê a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.
Como os sindicatos suspeitavam o comunicado do banco que falava em “Concessão de Benefício Adicional no Desligamento”, citando um suposto “compromisso” do Bradesco em “apoiar e adotar medidas de enfrentamento à pandemia” e a “adoção do princípio de valorização de pessoas”, na verdade, representa a quebra de um compromisso assumido publicamente com os trabalhadores de não demitir enquanto durar a pandemia.
Não deu outra: o Bradesco anunciou nesta semana demissões em massa. Em São Paulo mais de 80 bancários teriam sido dispensados. No Rio de Janeiro, números ainda não oficiais dão conta de que pelo menos uma dezena de empregados teriam sido dispensados.
No primeiro semestre de 2020, o banco faturou R$ 7,626 bilhões, isto porque os números oficiais estão subnotificados porque as instituições financeiras estão utilizando a estratégia de transferir maior parte dos ganhos para as Provisões de Devedores Duvidosos (PDDs), que em relação ao Bradesco cresceu 46,6% em relação ao mesmo período de 2019.
Além de demitir, os bancos praticam pressão por metas e assédio moral, adoecendo os funcionários.
O Sindicato acompanha a situação em toda sua base. Os bancários também podem denunciar o assédio moral através do canal sigiloso no site (Clique aqui Assédio Moral) ou procurar o Sindicato para orientações.