Em Niterói, protesto foi realizado na agência Araribóia, no Centro
Terça-feira, dia 17, além das nove manifestações na Caixa Econômica, o Sindicato dos Bancários de Niterói e Região participou do Dia Nacional de Luta no Bradesco.
Os diretores do Sindicato estiveram na agência Araribóia, na Avenida Amaral Peixoto, o centro financeiro de Niterói, denunciando a clientes e a funcionários o aumento do lucro do Bradesco, que cresceu 98% no primeiro trimestre de 2005, incompatível com a redução do número de funcionários.
Em 2004, o Bradesco demitiu 8.113 bancários e contratou 5.976, um saldo negativo de 2.137 postos de trabalho, apesar do lucro de R$ 1,205 bilhão em três meses.
E os que continuam no banco têm muito o que reclamar. O assédio moral em busca de metas inatingíveis é tanto, que uma gerente geral de uma agência de Santos (SP), ex-funcionária do BBV, apesar do acompanhamento médico e do uso de antidepressivos, não suportou a pressão e se suicidou no dia 8 de maio.
Aliás, outro problema do Bradesco é a falta de isonomia entre os funcionários. Um caixa A do banco recebe 16,5% a mais que um ex-funcionário do BBV na mesma função. Quem veio do Mercantil recebe nessa função menos 10,9%, e quem veio do BCN, menos 9,5%.
“O Sindicato está tomando medidas jurídicas para corrigir essas injustiças, mas a negociação seria o caminho mais rápido para resolver a questão. Recursos é que não faltam! O banco praticamente dobrou seu lucro no início desse ano”, afirmou Heber Mathias, diretor do Sindicato, funcionário do Bradesco e ex-funcionário do Credireal.