O Bradesco terá um novo Programa de Demissão Voluntário (PDV). O anúncio deverá trazer como consequência o fechamento de pelo menos 100 agências. O período de adesões vai de 2 de setembro a 16 de outubro.
Matéria recente publicada para assinantes do jornal Folha de São Paulo, afirma que o PDV é voltado a profissionais com mais de 20 anos de casa. No caso daqueles que trabalham em agências, será preciso já estar aposentado ou perto de se aposentar.
Em comunicado ao mercado, o banco afirmou que pagará 60% do salário fixo do mês por ano completo trabalhado, limitado a 12.
O bancário que aderir ao PDV teria ainda 18 meses de plano de saúde e odontológico e receberá seis meses adicionais do valor correspondente ao vale-alimentação.
O Bradesco não informou quantos postos pretende cortar, mas encerrou o segundo trimestre de 2019 com 99.198 funcionários. No mesmo período, o número de agências caiu de 4.700 para 4.581.
O PDV ocorre apesar do discurso otimista do presidente do banco, Octavio de Lazari, com a recuperação da economia.
“Em 40 anos de mercado financeiro, nunca vivi com nível de taxa de juros tão baixo, inflação tão baixa e preços ancorados. Apesar de todas as dificuldades não dá para não ser otimista”, disse Lazari após a divulgação dos números do segundo trimestre.
Lazari disse que o Bradesco espera que seu banco digital alcance o ponto de equilíbrio. O banco apenas digital tem 500 mil clientes, uma fração dos 24 milhões de correntistas do Bradesco.
O Bradesco afirmou que divulgará o custo com o PDV e o número de adesões apenas após o fim do prazo do programa.