BOLETIM BB [08.09.2008]

– Negociações no BB, dia 4.
– Negociações na Fenaban, dia 2.
– Negociações na CEF, dia 5.

– NEGOCIAÇÃO BB (DIA 4): Na primeira negociação específica da Campanha 2008, a direção do banco apenas prorrogou a Convenção Coletiva 2007, direito importante [veja em “Você Sabia?], e nada avançou nas reivindicações 2008, que foram entregues dia 13 de agosto. Além disso, nenhuma nova negociação foi marcada, deixando a Campanha no ar.
Por outro lado, a direção do BB marcou para o dia 11 mais uma rodada sobre o superávit da Previ, que vem sendo debatido desde fevereiro, sem que nada tenha sido definido nesses sete meses.

– NEGOCIAÇÃO SUPERÁVIT DA PREVI (DIA 3): Na última rodada sobre o superávit da Previ, nada foi definido novamente. Os principais pontos reivindicados são: teto da aposentadoria em 100% da média dos últimos 36 meses, mínimo de 500 reais de complemento de aposentadoria, reajuste extra para aposentados e pensionistas, aumento do teto percentual das pensões, fim do voto de minerva patronal, volta da consulta aos associados para mudança estatutária, volta da eleição da Diretoria de Participações e aposentadoria das funcionárias aos 45 anos, aprovada no Acordo do superávit 2007, mas vetada pela Secretaria de Previdência Complementar.

– NEGOCIAÇÃO FENABAN (DIA 2): Continuam hoje, segunda-feira, dia 8, as negociações do Comando Nacional dos Bancários com a Federação Nacional dos Bancos (privados), além de representantes do BB e da CEF, sobre assédio moral, iniciadas dia 2. Amanhã, terça-feira, dia 9, é a vez dos debates sobre sáude, condições de trabalho, segurança e igualdade.

– NEGOCIAÇÃO CAIXA (DIA 5): Na 1ª rodada de negociações, além de renovar a Convenção 2007, a direção da CEF definiu um calendário de negociações. Dia 12, plano de cargos e isonomia; dia 19, jornada de 6 horas, contratações e tíquete e cesta para aposentados e pensionistas; e, dia 26, democratização da gestão e remuneração.

– QUARESMA RESPONDE: “As negociações serão melhores este ano por causa dos 200 anos do BB?”
Resposta – Em vários anos, imaginou-se que as negociações seriam melhores por esse ou aquele motivo. Essa esperança nunca se concretizou. O início das negociações na Fenaban e na CEF, definindo calendários, e no BB, sem agendar negociações, apontam o desfecho da Campanha para outubro, sugerindo que os bancos querem deixar as propostas indecentes para depois das eleições, sem impactos eleitorais. Por outro lado, as comemorações dos 200 anos do BB, no dia 12 de outubro, podem levar o banco a forçar um Acordo entre 6 e 10 do mês que vem, evitando constrangimentos nos eventos comemorativos. Moral da história: deixe de sonhar com o reconhecimento e a sensibilidade da direção do banco e se prepare para lutar por uma negociação melhor. Para a direção e os acionistas, você e lucro. Para o governo, você é superávit primário. Ou você corre com o Sindicato ou ninguém corre por você.

– VOCÊ SABIA?
No Militarismo, caso não houvesse Acordo até a data-base, 1º de setembro para os bancários, o Dissídio era ajuizado no TST (Tribunal Superior do Trabalho). E o julgamento era uma martelada na categoria. No início da Nova República, caso não houvesse Acordo até a data-base, as cláusulas anteriores eram renovadas até um novo Acordo ou Dissídio. Na Era FHC, a Lei passou a considerar o Acordo ou Dissídio extinto na data-base e as cláusulas podem ser mantidas por “liberalidade do empregador”. Por isso, algumas vezes, o banco, unilateralmente, suspendeu vale tíquete, venda de férias e licença-prêmio para forçar novo Acordo rebaixado. É também por essa razão que a renovação das cláusulas da Convenção 2007 na Fenaban, no BB e na CEF é importante para os bancários, pois fica mantido o Acordo anterior em setembro.

– DEVOLUÇÃO DO IMPOSTO SINDICAL (DIA 28/8): No Dia dos Bancários, o Sindicato de Niterói e Região depositou 60% do valor do Imposto Sindical, cobrado no contra-cheque de março, nas contas dos sindicalizados que solicitaram a devolução. Os outros 40% não vêm para o Sindicato, são da Federação RJ-ES e da Contraf-CUT. Confira em seu extrato!

“A vida é luta renhida: viver é lutar!” (Gonçalves Dias, em “Canção do Tamoio”).