O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ainda não reajustou os salários de seus funcionários, de acordo com a campanha salarial de 2022. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), sindicatos e associações que representam os funcionários estão exigindo o imediato cumprimento do acordo.
A justificativa apresentada pelo banco é que, para aplicar o reajuste, é necessário esperar a conclusão do Grupo de Trabalho (GT) formado para definições específicas do plano de saúde, oferecido aos funcionários, aposentados e seus dependentes. O GT foi definido no parágrafo 4º da cláusula 32 do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), assinado no ano passado.
Entretanto, o vice-presidente da Contraf-CUT, Vinícius Assumpção, não concorda com esse argumento.
“Ficou claro inclusive na ata do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que mediou a reunião de conciliação entre banco e funcionários, no final de 2022, que não há esse condicionamento ao GT, que só trata do plano de saúde”, afirmou o dirigente.
Segundo Vinícius, que participa das negociações com o BNDES, a atual direção, liderada por Aloízio Mercadante, está cerceando o direito dos funcionários de receber o reajuste negociado na CCT, que toda a categoria bancária já está usufruindo.
Para as entidades sindicais e representantes dos funcionários, o prazo para que o BNDES se posicione já acabou.
“Ou a direção do BNDES muda de postura e cumpre sua obrigação de honrar a CCT da categoria, ou não haverá alternativa que não seja a mobilização dos trabalhadores da entidade. Essa postura do BNDES é um desrespeito a toda categoria bancária, que teve um grande processo de negociação com o conjunto dos bancos do país”, afirmou Vinícius.
*Foto de Fernando Frazão/Agência Brasil