Durante reunião entre representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) com integrantes do Núcleo Permanente de Incentivo à Autocomposição, ligado ao Ministério Público do Trabalho (MPT), o que faltou foram informações sobre o plano de reestruturação pelo qual o Banco do Brasil deve implementar. O movimento sindical solicitou ao MPT intermediação para que esclarecimentos sejam obtidos.
Participou da reunião o secretário-geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga, e o coordenador nacional da CEBB, João Fukunaga. Junto com os representantes do BB, eles foram recebidos pelo subprocurador-geral Francisco Gérson Marques de Lima, pela subprocuradora-geral Eliane Araque dos Santos e pela vice-procuradora-geral Maria Aparecida Gugel.
“Procuramos a intermediação do MPT porque a direção do banco, pela primeira vez, se recusou a nos informar sobre mudanças que afetam os funcionários de forma contundente”, afirmou o coordenador da CEBB, João Fukunaga. Vale lembrar que o MPT participou da negociação do Plano de Demissão Voluntária (PDV) apresentado pelo banco em 2016 e que situações de fechamento de agências, tradicionalmente os bancos informam aos sindicatos. Só que, dessa vez, o BB anunciou a reestruturação, com medidas como o plano de demissões e de fechamento de agências de postos de atendimento por todo o país, sem repassar qualquer informação aos trabalhadores. A justificativa da vez foi “razões de mercado”.
“Já iniciamos um processo de mobilização para fazer a direção do banco a negociar a reestruturação, diante da conduta da direção do banco de não informar as entidades sindicais sobre o plano de restruturação”, afirmou o secretário-geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga. A Contraf-CUT ressaltou dois pontos essenciais para ser tratados o mais rápido possível: as gratificações para os caixas e informações sobre quais agências serão fechadas.
Na próxima segunda (8), os representantes do banco devem levar respostas ao movimento sindical. Esse foi um compromisso firmado durante reunião com a Contraf-CUT. Os pontos destacados pelos representantes dos trabalhadores serão levados à instância superior da instituição.
“Essa reestruturação prejudica os funcionários, mas também a população. Há cidades que só têm uma agência para atender a todos, e é a agência do Banco do Brasil que vai se fechada agora. Estamos vendo um desmonte de um banco público que afeta a todos”, declarou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.