BB quer movimento sindical em debates de pautas envolvendo trabalhadoras e trabalhadores

 

O encontro entre os representantes da coordenação do Comando Nacional dos Bancários e da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), realizada na tarde desta segunda-feira (6), marcou o início da aproximação com a direção da empresa.

 

“A reunião de hoje foi muito importante. Nela reafirmamos a necessidade de retomada da mesa de negociação permanente e o banco se comprometeu a retomar os encontros. Outro destaque foi o fato de estarmos no mês de março. Então ressaltamos a importância do combate à violência contra a mulher, de reforçar os canais de denúncia do banco”, explicou Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

 

Juvandia fez questão de lembrar que ter mulheres na direção dos bancos fazia parte da pauta do movimento sindical há muito tempo.

 

“Pela primeira vez, em 214 anos de história, temos na direção do BB uma mulher. Isso é um avanço muito grande. Fazia parte da pauta dos trabalhadores e trabalhadoras bancárias de todo o Brasil ter mulheres nas direções. Nas vice-presidências, hoje, temos três mulheres indicadas”, destacou Juvandia.

Durante a reunião, a direção do BB também se comprometeu a conhecer e dar visibilidade ao programa Basta! Não Irão Nos Calar!, criado pelo movimento sindical e que estabelece canais de atendimento para orientação às vítimas de violência doméstica e familiar.

Fernanda Lopes, funcionária do BB e representante da Contraf-CUT na Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), ficou responsável por apresentar à direção do BB os temas das mesas permanentes, nos próximos dias.

 

“Entre as discussões que vamos retomar estão o teletrabalho e o programa de metas. Também reforçamos, neste encontro, a necessidade de voltar à mesa sobre igualdade de oportunidades de ascensão e, claro, a implementação do combate ao assédio sexual, uma conquista que tivemos na última Convenção Coletiva de Trabalho (CCT)”, ressaltou Fernanda.

A secretária geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Neiva Ribeiro, também presente no encontro, destacou que a mesa de igualdade de oportunidades completou 23 anos.

 

“Esse é um tema de luta da categoria bancária, por competição justa de ascensão das mulheres dentro do banco. Sabemos que não é fácil, na sociedade que temos, com todos os seus problemas culturais, superar as desigualdades salariais”, avaliou.

A atual presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ivone Silva, lembrou que o compromisso da nova direção do BB, assumido na reunião desta segunda, de chamar para a negociação o movimento bancário “em todas as pautas do banco que envolver os trabalhadores é um passo importante, de respeito ao movimento sindical e também aos trabalhadores.”

 

*Com informações da Contraf-CUT