BB: novo pacote neoliberal

Apesar dos lucros exorbitantes, das filas assustadoras nas agências, dos serviços infindáveis e do adoecimento do funcionalismo, a direção do Banco do Brasil lançou um novo pacote que prejudica seus abnegados funcionários.

Apesar dos lucros exorbitantes, das filas assustadoras nas agências, dos serviços infindáveis e do adoecimento do funcionalismo, a direção do Banco do Brasil lançou um novo pacote que prejudica seus abnegados funcionários.
Extinção de unidades, redução de comissões, redução de pessoal, fim do pagamento por substituições e terceirização nos serviços de suporte e processamento de envelopes.
Não bastasse isso, um programa de demissão voluntária que visa impedir que os funcionários do BB desfrutem da recente conquista de poderem aposentar-se pelo INSS, recebendo seu benefício mensal, e continuarem trabalhando no banco, preservando seus salários da ativa.
O Banco do Brasil espera, com isso, extinguir cerca de 4 mil postos de trabalho e 5 mil comissões, além de demitir “voluntariamente” mais de 10 mil funcionários.
O pacote é justificado pela direção do BB como uma forma de o banco, após a venda do ABN-Real, não perder sua posição no mercado, uma visão que nada tem a ver com um banco público, o que evidencia a supremacia dos tecnocratas neoliberais na empresa.
O pacote é um misto de o que há de pior no mercado para os trabalhadores: acumulação de cargos sem remuneração e com terceirização. Esta última prática contraria até o próprio governo, que incentiva o emprego formal.

Opinião
“Funcionários descartáveis”

“Com esse novo pacote, a direção do BB mostra total desrespeito a seus funcionários. Até parece que eles são muitos e não fazem nada. Por isso, podem ser reduzidos e fazer o serviço dos colegas que saírem, muitos com uma vasta experiência, que de nada serve, na visão dos ‘donos’ da empresa.”
Marcelo Quaresma, sindicalista do BB