Greve conquistou, no BB, uma correção da discriminação da proposta Fenaban aos maiores salários, mas o banco discriminou quem ganha menos: 13%, em vez dos 16% dos bancos privados.
Nesta segunda-feira, dia 11, proposta do Banco do Brasil corrigiu a discriminação da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) aos maiores salários, mas discriminou quem ganha menos. Ainda assim, reajuste do piso no BB ficaria três vezes maior que a inflação do período, que foi de 4,29%.
O reajuste de 13% — e não 16%, como na Fenaban — também afeta a remuneração dos caixas, os únicos que têm um adicional fixo, a gratificação, independente do salário base,
A surpresa no rebaixamento da proposta do piso da Fenaban se dá porque, há anos, a direção do BB vinha se comprometendo a conceder, no mínimo, o que fosse acordado na Convenção anual da categoria. Alegava que, por isso, não podia fazer proposta específica. Agora quebra esse paradigma, não cumprindo exatamente o que houve de melhor na proposta dos banqueiros privados: o reajuste de 16% no piso.
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Como “compensação”, segundo a própria direção do BB, foi proposto o Plano de Carreira e Remuneração, que, até agora, só tem uma nova sigla, PCR, e seria implantado em março de 2011. Ele teria 25 níveis, considerando tempo de serviço e mérito, com remunerações ainda indefinidas. A antiguidade, que já existe no interstício de 3% entre as letras da carreira, seria retroativa a 2006, e o mérito, a novidade, retroagiria a setembro de 2010. Mas os valores do PCR não foram apresentados.
A direção do banco propôs ainda que os descomissionamentos só sejam efetivados após três ciclos avaliatórios negativos em sequencia, o que é um avanço em relação à instrução 369. Mas a mudança não se aplicaria aos primeiros gestores, mantendo-se a NRF4.
Além da PLR, 4% do lucro líquido
A PLR teria o mesmo modelo dos últimos semestres com 90% do salário e R$ 1.100,80 propostos pela Fenaban, além da distribuição linear de 4% do lucro líquido, o que significaria R$ 3.118,08 para os postos efetivos e R$ 3.434,99 para os caixas, Os comissionados, além disso recebem o Módulo Bônus, que é definido unilateralmente pelo banco, pois o movimento sindical não compactua com essas distinções, entendendo que o lucro é realizado por todos e as diferenças de funções são remuneradas mensalmente.
Quanto aos dias parados, a regra seria a mesma acordada desde 2003, com compensação até 15 de dezembro, após o que não haveria implicações disciplinares ou financeiras.
Assembleia vota a proposta nesta quarta-feira, dia 13, às 18h30, na futura sede do Sindicato: Rua Evaristo da Veiga 37, Centro de Niterói, ao lado do Liceu Nilo Peçanha (MQ).
Foto: Geraldo Lazzari/Contraf-CUT