O Banco do Brasil comunicou ao mercado que já aprovou no Conselho Deliberativo a alteração estatutária da Cassi e que o aumento das suas despesas em R$ 300 milhões “não impacta o passivo atuarial calculado de acordo com a Deliberação CVM 695”. Para o bom entendedor, significa que ele não arcará com nenhuma despesa extra para os aposentados, como é o caso da contribuição por dependente.
Um dos principais objetivos da alteração estatutária que o banco propõe é reduzir despesas com os atuais aposentados e não custear o plano de saúde para quem se aposentar doravante, como faz com os colegas oriundos do BESC e da Nossa Caixa. O banco não deixou isto claro para os associados, mas comunicou formalmente aos acionistas, que aumentarão seus dividendos. Para quem não acreditava, aí está a prova.
BB dá razão a entidades que defendem o NÃO
A diretoria do banco respondeu à última publicação da Contraf. Ao tentar se justificar, deu razão ao que vem sendo dito pelas entidades representativas e confessou que vai implantar o voto de minerva na diretoria a favor de seu preposto, para aprovar as matérias de seu interesse.
O BB esqueceu de contar aos associados que reduzirá gradativamente seu custeio na Cassi dos atuais 60% do total para 55% em 2023, aí somadas suas contribuições normais, aportes por dependentes da ativa e despesas administrativas até 2021. É isto o que aprovou na diretoria e no conselho da entidade, com a ajuda dos recém-eleitos. Como a proposta do banco reequilibra a Cassi só até 2023, depois disso vem mais aumento – quem sabe por faixa etária ou novo aumento da contribuição por dependente. Com o novo estatuto, poderá reequilibrar a Cassi com novos aumentos de despesas somente para os associados.
Vote NÃO para impedir o banco de controlar a Cassi e reduzir seus compromissos financeiros com o plano de saúde dos funcionários.
Fonte: Contraf-CUT