Até agora, os bancos negaram todas as reivindicações. Não é à toa que, no Twitter e no Facebook do Sindicato, os bancários têm demostrado disposição para a greve.
O índice de reajuste salarial será novamente negociado com os bancos nesta terça-feira, 20 de agosto. Os banqueiros informaram que finalmente vão apresentar uma resposta às reivindicações. Desta vez, sob mais pressão devido à forte indignação dos bancários em todo o país com as negativas dos bancos nas últimas negociações. Até agora, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) negou reajuste, garantia de emprego, plano de cargos e carreiras, melhores condições de saúde e segurança. Ou seja: tudo.
Não é à toa que, no Twitter e no Facebook do Sindicato, os bancários têm deixado inúmeras mensagens já demonstrando que estão dispostos a partir para uma forte greve. Nas negociações específicas com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, tudo que os bancos fizeram até agora também foi negar as reivindidações dos bancários. No dia 20 também haverá uma reunião com o Banco do Brasil.
Follow @bancariosnit
> Curta a amizade do Sindicato no Facebook.
> Acompanhe as notícias em tempo real no Twitter.
> Comunique-se com o Sindicato no Orkut.
> Assista a vídeos dos bancários no Youtube.
> Veja fotos sobre os bancários no Picasa.
> Receba as notícias sobre os bancários no celular.
A Fenaban recebeu a minuta de reivindicações no dia 12 de agosto e até agora não houve um só avanço. E os argumentos dos banqueiros nas reuniões parecem ironia sádica: na negociação sobre reajuste salarial, dia 12 de setembro, o representante da Fenaban, Magnus Apostólico, disse que não considera significativa a diferença entre a remuneração dos bancários e dos executivos dos bancos – que chegam a ganhar 400 vezes mais que os funcionários das agências.
“Magnus chegou a dizer que a riqueza do país deve crescer mais que a distribuição e que isto não é anormal. Como não é anormal que a renda continue concentrada, apesar dos esforços para o crescimento serem de todos os brasileiros?”, questiona o bancário Nilton Damião Esperança, vice-presidente da Federação dos Bancários dos Estados do Rio e Espírito Santo, que participou da negociação.
Quanto ao reajuste, os patrões consideram que os sete anos consecutivos de aumento real foram suficientes e que não há necessidade de aumento diferenciado do tíquete-refeição e da cesta alimentação, apesar de a inflação dos alimentos estar acima da média geral do aumento de preços. Os banqueiros também não se mostraram dispostos a promover a valorização do piso salarial, argumentando que isto já aconteceu no ano passado. “A Fenaban deixou claro que após sete anos de aumento real, neste ano não há perspectivas de um acordo no mesmo nível”, afirmou Nilton.