Banqueiros lucram alto mas sugerem precarização dos salários

Nesta quarta-feira (7), foi realizada a sexta rodada de negociação da Campanha Nacional dos Bancários.

A pauta foram as cláusulas econômicas e o Comando Nacional dos Bancários cobrou da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), aumento real nos salários, aumento na PLR e melhorias nas demais cláusulas econômicas, inclusive nos vales alimentação e refeição.

O porta-voz da Fenaban alegou aumento da concorrência, com novas instituições de pagamento, que colocam o setor bancário em risco. A sugestão da representação dos bancos passa por propostas que podem precarizar direitos e rebaixar os salários.

Juvandia Moreira, coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Ramo Financeiro, ressaltou que os bancos estão chorando de barriga cheia.

A coordenadora apresentou dados que mostram que “entre 2003 e 2023, o lucro líquido dos maiores bancos do Brasil cresceu 169% acima da inflação. Além dos Lucros, os bancos sempre mantiveram rentabilidade significativa no país, mesmo em momentos de crise, com crescimento médio de 15% acima da inflação.”

A pauta do encontro abordou temas como recomposição salarial, Participação nos Lucros e Resultados, auxílio alimentação e auxílio refeição, auxílios creche e babá, endividamento dos bancários (71% estão com dívidas).

No dia 13 próximo será realizada nova reunião de negociação sobre cláusulas econômicas.

A categoria fará uma mobilização no dia 12 para cobrar propostas decentes dos bancos. Será um dia nacional de lutas.

Próximas reuniões:

13/08 – Cláusulas econômicas

20/08 – Em definição

27/08 – Em definição

 

*Fonte: Contraf-CUT