Na reunião com sindicalitas, segunda-feira (10), Itaú e Unibanco apenas reafirmaram verbalmente aos sindicalistas a promessa de não demitir, que já havia sido feita semana passada.
Na reunião de segunda-feira (10) com sindicalistas, Itaú e do Unibanco se negaram a assinar documento com o compromisso formal pela garantia de emprego aos funcionários na fusão entre as duas instituições. Os representantes dos bancos apenas reafirmaram aos sindicalistas a promessa de não demitir, que já havia sido feita publicamente semana passada, em entrevista coletiva, pelos presidentes dos dois bancos, Roberto Setúbal (Itaú) Pedro Moreira Salles (Unibanco). O problema é que esses banqueiros também falaram isso em aquisições anteriores, mas não cumprem a palavra. Assim, a negativa em assinar o documento aumenta a desconfiança e gera insegurança para os bancários, pois tudo parece um jogo de cena para acalmar o mercado financeiro nesses tempos de crise mundial.
Por reivindicação dos dirigentes sindicais, as negociações vão continuar. A próxima reunião deverá ser marcada pelos bancos até sexta-feira, dia 14. Na reunião desta segunda-feira, os representantes dos bancos repetiram os argumentos de Setúbal e Moreira Salles de que, com a fusão, a nova instituição financeira pretende crescer ainda mais, inclusive em nível internacional, e contratar mais bancários.
O Sindicato dos Bancários de Niterói e todos os sindicatos filiados à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) estão atentos a possíveis cortes e preparados para fazer paralisações imediatas em caso de demissão. Em todo o Brasil, o lema no Itaú e no Unibanco é: “Demitiu, parou”.