Bancos fogem da discussão sobre metas abusivas

“Eles sabem que o adoecimento dos bancários é provocado pelas metas, mas não se empenham em negociar”, disse Edilson Cerqueira, representante dos bancários.

Com uma pauta composta por dois temas difíceis, a reunião da mesa temática de saúde do trabalhador, que aconteceu dia 25, acabou sem nenhum resultado concreto. Estava previsto discutir dois assuntos: metas abusivas e reabilitação dos lesionados. Mas o primeiro tema ocupou toda a reunião e o segundo sequer foi apreciado.

Assim que os bancários anunciaram que pretendiam discutir as metas abusivas, os representantes dos bancos indagaram se o movimento sindical tinha propostas. Os sindicalistas, então, apresentaram as seguintes reivindicações:

1. Agências diferentes com metas diferentes – hoje, as unidades têm as mesmas metas, apesar de terem portes diversos.
2. Metas coletivas – muitos bancos adotam metas individuais, o que gera competição exagerada entre os bancários, gerando e acirrando conflitos
3. Metas aumentam a cada mês – a meta de um mês é sempre maior que a do anterior, mesmo que o mercado já esteja esgotado e os bancários não tenham mais a quem vender os produtos.
4. Fim da meta para os caixas – o caixa tem que dedicar toda sua atenção às operações que realiza, já que lida diretamente com dinheiro e documentos.

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A postura dos negociadores da Fenaban desapontou Edilson Cerqueira, representante da Federação na mesa temática e ex-secretário de Saúde do Sindicato dos Bancários de Niterói e Região. “Não vi nenhuma sensibilidade da parte dos negociadores. Eles sabem que o adoecimento dos bancários é provocado pelas metas, mas não se empenham em negociar”, avalia o sindicalista. O diretor da Secretaria de Saúde do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Gilberto Leal, também esteve presente à reunião. A Febraban foi representada por seu assessor de Relações Trabalhistas e Sindicais, Nicolino Eugênio. Da parte dos bancários, a coordenação da mesa temática de saúde foi feita pelo diretor da pasta na Contraf-CUT, Plínio Pavão.

Fonte: Feeb-RJ/ES